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Deputados pedem ação de organismos internacionais para encerrar guerra entre Rússia e Ucrânia

A invasão da Rússia à Ucrânia nesta quinta-feira (24) foi alvo de críticas de deputados de diversos partidos na sessão do Plenário da Câmara. Eles solicitaram a intervenção dos organismos internacionais por uma solução pacífica do conflito.

O presidente do Grupo Parlamentar Brasil/Ucrânia, deputado Cláudio Cajado (PP-BA), disse que a invasão é uma injusta agressão da Rússia. “Esta é uma postura que exige dos parlamentos, principalmente daqueles que defendem a democracia, uma posição firme. Nós não podemos aceitar que a Ucrânia sofra perdas de vidas num momento crucial, quando a humanidade tenta ultrapassar esta pandemia da Covid-19”, afirmou.

Cajado pediu que o Brasil e outros países signatários das Nações Unidas atuem pelo fim do conflito. “A Ucrânia está sendo tratada de uma forma absolutamente injusta e indevida pela Rússia, não a deixemos à própria sorte”, disse.

O líder do PT, deputado Reginaldo Lopes (PT-MG), também considerou o conflito armado injustificável. “O direito internacional garante a soberania da Ucrânia. Em qualquer conflito, devem prevalecer sempre o diálogo e a diplomacia. Essa é uma guerra que mata inocentes”, afirmou.

A representante da Rede, deputada Joênia Wapichana (Rede-RR), também afirmou que é preciso garantir a paz. “Guerra não faz bem para ninguém. É lamentável que vá por esse caminho. O mundo precisa de paz. O mundo precisa de compreensão, de união, de tolerância, de respeito aos direitos humanos”, disse.

A deputada Bia Kicis (UNIÃO-DF) afirmou que a guerra é resultado da existência de líderes fracos e do desarmamento da população. “O desarmamento, pelo visto, não funcionou. É por isso que temos que pensar que, se queremos a paz, temos que nos preparar para a guerra. O desarmamento, da mesma forma, de civis apenas possibilita que governos tiranos avancem sobre os direitos da população”, afirmou.

Já a deputada Maria do Rosário (PT-RS) afirmou que a guerra acende o alerta sobre o crescimento da extrema direita mundial e forças bélicas. Ela apelou pela retomada da diplomacia para resolução de conflitos. “Devemos sempre investir na dimensão diplomática. Cabe às Nações Unidas, neste momento, colocar-se à disposição da busca da paz e do entendimento da não agressão e da construção de valores que sejam democráticos. Nenhuma guerra é positiva para nenhum povo”, disse.

A bancada do Solidariedade emitiu nota lamentando a invasão. “O mundo acompanha com tristeza imagens que não deveriam se repetir na nossa história e que lamento profundamente. Sigamos em oração para que a paz seja retomada”, disse o líder do Partido, deputado Lucas Vergílio (Solidariedade-GO).

Posição do governo
O presidente da Comissão de Relações Exteriores da Câmara, deputado Aécio Neves (PSDB-MG), divulgou nota oficial de apoio à Ucrânia e conversou diretamente com o ministro de Relações Exteriores para pedir clareza do governo federal quanto à condenação à invasão russa.

“Conversei com o ministro Carlos França, cobrando uma manifestação mais clara do governo brasileiro de condenação a essa invasão injustificável da Rússia no território ucraniano. A posição do Brasil, até agora, tem sido muito tímida, gerando até uma certa dubiedade”, afirmou. Segundo Aécio, o ministro Carlos França também informou sobre as ações de retirada dos brasileiros que vivem na Ucrânia.

O líder do governo, deputado Ricardo Barros (PP-PR), ressaltou que o Itamarary já se pronunciou em defesa de uma solução diplomática para esse impasse e destacou que o Brasil tem laços muitos fortes com a Ucrânia, especialmente por sua colônia de descendentes no Paraná. “Nós temos muitas pessoas que têm parentes na Ucrânia e temos jogadores isolados lá em um hotel. É lamentável que tenhamos chegado a esse ponto”, disse ele, lembrando que já presidiu a Frente Parlamentar Brasil-Ucrânia.

Em nota, o Itamaraty afirmou que o governo brasileiro acompanha com grave preocupação a deflagração de operações militares pela Federação Russa contra alvos no território da Ucrânia e apela à suspensão imediata das hostilidades e ao início das negociações.

Fonte: Agência Câmara de Notícias

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