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Evolução do futebol de Mato Grosso conta com ações da Assembleia Legislativa

Nos últimos anos, a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT) tem colaborado diretamente para o crescimento e desenvolvimento do futebol profissional no estado. Prova disso, são as ações de apoio dos parlamentares em busca de alternativas para o fortalecimento e crescimento dos clubes, com investimentos direcionados para projetos e formações das equipes, assim como toda a articulação realizada para viabilizar a volta do público aos estádios.

Recentemente, a Arena Pantanal recebeu a decisão da Supercopa, entre Atlético Mineiro e Flamengo, com público de 32 mil pagantes. Após o sucesso dessa partida, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estuda a possibilidade de a praça esportiva receber o confronto entre Brasil e Argentina, pelas eliminatórias da Copa do Mundo, com boas chances de Cuiabá sediar o jogo.

Se o futebol profissional vive tempos de crescimento em Mato Grosso, a Assembleia Legislativa tem participação decisiva nesse processo de evolução e fomento. O retorno parcial do público aos estádios, por exemplo, foi garantido pela Lei n° 11.483/2021, de autoria dos deputados Max Russi (PSB) e Eduardo Botelho (União).

“Está sendo muito bom para Mato Grosso ter essas partidas de nível nacional aqui. Está levando e mostrando o nome do estado para todo o país e internacionalmente. Com a ascensão do Cuiabá para a Série A do Campeonato Brasileiro, a cidade recebe os melhores times do Brasil, com os jogos sendo transmitidos para vários lugares”, disse Eduardo Botelho, primeiro-secretário da ALMT.

De acordo com ele, a Assembleia vem trabalhando para melhorar ainda mais o futebol de Mato Grosso, com projetos e atuações para resgatar a história no cenário nacional.

“O apoio da Assembleia Legislativa, por meio de ações parlamentares, está sendo fundamental para o futebol mato-grossense resgatar seu prestígio do passado e voltar a ser respeitado. Além disso, a imprensa nacional vem destacando a organização e a qualidade da Arena Pantanal”, destacou o parlamentar.

Aproveitando o embalo histórico do Cuiabá no futebol brasileiro, o deputado Wilson Santos (PSDB) apresentou o Projeto de Lei n° 546/2021, que institui o Dia do Torcedor do Cuiabá. O deputado explicou que, em 2020, com apenas 19 anos de fundação, o clube garantiu o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

O feito do jovem Cuiabá é inédito, levando em consideração o formato com as três divisões de acesso (Séries D, C e B), por onde o time mato-grossense passou, além da Série A em pontos corridos.

“O clube é orgulho para todos os mato-grossenses. Tão pouco tempo de existência e tanta história para a posteridade. Para homenageá-lo, nada mais justo para instituir e oficializar o Dia do Torcedor Dourado em nosso estado”, disse Santos.

A presença da equipe na primeira divisão tem garantido que jogos importantes ocorram na Arena Pantanal, o que se intensificará neste ano devido à participação do time na Copa Sul-americana, que reúne clubes de futebol de toda a América do Sul.

À frente da Secretaria de Cultura, Esporte e Lazer de Mato Grosso (Secel), Alberto Machado, o Beto Dois a Um, entende que a situação do futebol no estado mudou muito nos últimos anos. Para ele, a Arena Pantanal, que já foi apontada como “elefante branco”, virou a “queridinha da Copa América” no ano passado, e uma das grandes protagonistas do futebol brasileiro.

“Virou palco de grandes eventos esportivos, como o que vimos recentemente com a partida entre Atlético Mineiro e Flamengo. O governador Mauro Mendes (União) assumiu e com o acesso do Cuiabá transformamos a Arena Pantanal em um espaço que é orgulho para o torcedor mato-grossense”, enfatizou Beto.

Apoio – Recentemente, deputado Wilson Santos participou de uma reunião na sede da Secel, quando deu início às tratativas para regulamentação da Lei n° 11.550/2021, que diz respeito aos repasses do governo aos times que vão representar Mato Grosso na Série D do Campeonato Brasileiro de futebol deste ano. Eles vão repartir R$ 1 milhão provenientes do Programa Mato Grosso na Série A.

Aprovada pela ALMT em novembro de 2021, a legislação, de autoria do Poder Executivo, previa repasses apenas aos times da Série A (R$ 3,5 milhões) e da Série B (R$ 1 milhão). Como Mato Grosso não tem equipes na segunda categoria, o deputado estadual Wilson Santos entendeu que os recursos deveriam ser usados para estruturar as demais equipes do campeonato e apresentou uma emenda à lei garantindo a ampliação dos repasses.

“Não seria justo beneficiar o Cuiabá e deixar os outros times de fora. Fiz a emenda, conversei com o governador Mauro Mendes, articulei a aprovação junto aos demais deputados e conseguimos atender todas as equipes”, explicou Wilson.

“Em 2022, a Série D começa em abril. Assim, os clubes Ação e Operário terão tempo suficiente para organizarem a papelada e se tornarem aptos ao benefício”, explicou.

Futebol amador – Além das ações voltadas ao desenvolvimento do futebol profissional, a ALMT tem sido parceira na realização do campeonato “Peladão”, promovido pela Prefeitura de Cuiabá. A competição, criada em 2005, é considerada um dos maiores eventos do futebol amador brasileiro.

O apoio institucional do Legislativo se mantém ao longo da história do campeonato, que já contou com a transmissão ao vivo, pela TV Assembleia (canal 30.2), das partidas das fases decisivas.

Evolução – O futebol de Mato Grosso viveu o grande apogeu nas décadas de 1970 e 1980, quando o antigo estádio Governador José Fragelli, o Verdão, recebia público acima de 35 mil torcedores, envolvendo jogos do Mixto, Dom Bosco e Operário de Várzea Grande. Além disso, Mato Grosso teve o privilégio de revelar bons jogadores para o cenário brasileiro como Beto, William, Wendel, Gerson Lopes, Elias, Valdeir Gaguinho, entre outros.

“O futebol estadual está em constante evolução. O crescimento é nítido e pode ser notado com as últimas boas campanhas dos nossos clubes em competições nacionais, além do aumento de patrocinadores. Temos o Cuiabá na Série A, voltamos a ter um clube na elite do futebol brasileiro depois de muito tempo”, explicou o presidente da Federação Mato-grossense de Futebol (FMF), Aron Dresch.

Segundo ele, a Federação também tem se fortalecido e trabalhado ainda mais no desenvolvimento da modalidade no estado, principalmente na ajuda financeira aos clubes. “Os apoios da Assembleia Legislativa e do Governo ajudam ainda mais no nosso fortalecimento”, destacou Aron.

Depois das áureas décadas de 1970 e 1980, a situação começou a sofrer mudanças drásticas nos anos 90, com o reflexo de más administrações, quando o público praticamente desapareceu dos estádios e os clubes se atolaram em dívidas e não tinham orçamento para investir em contratações e formar jogadores na base.

Diante desse triste cenário, uma luz no fim do túnel começou a surgir com o aparecimento do Luverdense Esporte Clube (do município de Lucas do Rio Verde) no cenário nacional, disputando os campeonatos das Séries D, C e B, quando por muito pouco não conseguiu ter o acesso para a Série A.

Com falta de apoio financeiro, o Luverdense também sentiu o baque e, assim como subiu meteoricamente, também caiu no ostracismo e hoje nem mais disputa certames nacionais. Para Dresch, a profissionalização da FMF e o fortalecimento do apoio aos clubes estaduais foram dois pontos fundamentais para a ascensão do futebol estadual.

Destaque na Série A, o Cuiabá Esporte Clube teve sua história iniciada com a Escolinha de Futebol do Gaúcho (Luís Carlos Toffoli), inaugurada no dia 12 de dezembro de 2001.

De lá para cá, o Cuiabá ganhou status de clube formador de jogadores. No entanto, o problema financeiro também afetou diretamente o time, o que fez com que Gaúcho o vendesse para a família Dresch. O aporte financeiro foi fundamental para o renascimento do Cuiabá no estado e, consequentemente, no cenário esportivo nacional.

Para o vice-presidente e proprietário do clube-empresa, Cristiano Dresch, o futebol de Mato Grosso vem crescendo há alguns anos, desde a época do Luverdense, e agora com o Cuiabá.

“O acesso à primeira Divisão do Brasileiro foi o fato mais marcante para Mato Grosso, porque motivou as pessoas a olharem para o futebol daqui. O Cuiabá joga contra os grandes times e está todos os dias na mídia, com o público acompanhando”, falou Dresch. 

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