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Sindicalistas de MT protestam contra PEC que tira estabilidade de servidores e cobram RGA

Os sindicatos que representam servidores públicos de MT anteciparam o ‘Dia do Servidor’, comemorado nesta quinta-feira (28), para realizar cobranças ao governador Mauro Mendes (DEM) sobre a Revisão Geral Anual (RGA) e protestar contra a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 32, que acaba com a estabilidade funcional.

A manifestação ocorreu por volta das 14 horas desta quarta-feira (27), na Praça Ulisses Guimarães, na Av. do CPA. Também na manhã desta quarta, os sindicalistas realizaram uma manifestação na Assembleia Legislativa, onde foram atendidos pelos deputados Lúdio Cabral (PT) e Paulo Araújo (PP).  

De acordo com Edmundo Leite, presidente Sindicato dos Profissionais da Área Instrumental do Governo (Sinpaig), apesar de ser de quinta ser um dia comemorativo, os servidores públicos estão abandonados pelo Governo do Estado, com proposta de RGA de pouco mais de 6%, quando a inflação que está se acumulando neste ano é de quase 10%. 

Nós estamos fazendo isso para mostrar para a sociedade que nós estamos sendo mal-tratados“, disse Edmundo. A manifestação, segundo ele, também tem por objetivo mostrar para a sociedade que a RGA não é aumento de salários, mas sim uma reposição da perda do poder de compra. Os servidores estão desde o ano de 2018 sem a RGA. 

Os servidores da Educação também estiveram no evento e cobravam a dobra do poder de compra, aprovada pela Assembleia Legislativa em 2013, mas que foi declarada inconstitucional pelo Tribunal de Justiça de Mato Grosso neste ano. Valdeir Pereira, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), reclama também que outras categorias de servidores recebeu tratamento diferenciado ao receberem aumentos. 

Valdeir avalia também que a PEC 32, se aprovada, pode até mesmo dificultar o trabalho de combate à corrupção, já que muitos servidores poderiam perder os empregos em razão de denúncias.  “Como não tem a estabilidade, fica muito vulnerável para fazer o combate sistêmico de esquemas que são instalados nas secretarias“, comentou. 

Já para Cármen Machado, presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Saúde de Mato Grosso (Sisma), o movimento indica fortalecimento do Sisma visando garantir os direitos já conquistados pela categoria. “Muito mais do que aplausos, nós merecemos ser respeitados em nossos direitos, o que não está acontecendo na Secretaria de Saúde. Hoje, nós temos 57% dos cargos em regime de contratação precária“, reclama. 

Na pauta, também esteve o pedido para a realização de novos concursos públicos, principalmente para a Universidade Estadual de Mato Grosso (Unemat), que segundo Domingos Sávio da Cunha Garcia, presidente da Associação dos Docentes da Unemat (Adunemat), está com mais de um terço do professores como substitutos ou interinos. “Isso é muito ruim para a Universidade“, resume. 

Outra reivindicação é de que os servidores sejam respeitados com suas entidades sindicais. Que eles sejam pelo menos recebidos pelo Governo do Estado, pelo secretário de Planejamento e Gestão, para discutir as reivindicações“, completou Domingos.

Estadão Mato Grosso

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