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Redução de antimicrobianos na produção de suínos pode aumentar desempenho da granja

Estudo da Trouw Nutrition mostra sucesso ao eliminar promotores de crescimento, garantindo melhoria da produtividade

Como parte de um projeto para reduzir o uso de antibióticos na produção de suínos, a Trouw Nutrition realizou no Brasil estudo de caso por três anos. As medidas preventivas adotadas tinham como objetivo melhorar a saúde dos animais, sem perdas no desempenho, a partir do fornecimento de dieta com maior valor nutricional, melhores práticas de manejo e higiene e de biosseguridade.

Segundo Nienke de Groot, gerente global de programas para saúde intestinal da Trouw Nutrition, a indústria suinícola brasileira caminha para reduzir e até mesmo eliminar progressivamente o uso de Antimicrobianos Promotores de Crescimento (APCs), o que é muito positivo. “Os produtores estão se preparando para o futuro. E o futuro é de produção sem antibióticos”, destaca a especialista.

O estudo de caso foi coordenado pelo gerente técnico de suínos da Trouw Nutrition, Maurício Dutra, e motivado exatamente pela falta de informações sobre alternativas ao uso de APCs.

Após a elaboração da estratégia de manejo, o primeiro passo foi remover antibióticos da ração e adicionar blends de ácidos orgânicos e fibras para aumentar a produção de leite em matrizes. “A fibra não fazia parte da dieta durante a gestação, então, além de inclui-la na alimentação também adicionamos os ácidos orgânicos. Após as mudanças nas dietas e melhoria nos níveis nutricionais, principalmente na fase de lactação, tivemos  sucesso com o resultado de produção de leite após o parto, o que era nosso objetivo”, descreve o gerente técnico de suínos da Trouw Nutrition.

Os antibióticos que eram fornecidos aos animais como medida preventiva também foram removidos. “Aqui foram aplicadas melhores práticas de manejo, higienização e controle da temperatura nas salas da creche durante as primeiras semanas após o desmame”, pontua Dutra.

Ao fim do estudo, a quantidade total de antimicrobianos fornecida aos animais diminuiu de 521,4 mg por kg de peso corporal para 30,2 mg. “Mesmo removendo todos esses antibióticos, não tivemos problemas com o desempenho. Na verdade, melhoramos os resultados”, destaca o especialista da Trouw Nutrition.

Segundo relatórios do estudo, o número de leitões desmamados aumentou de 29,5 para 30,9 por porca ao ano e a mortalidade anual nas fases de Creche e Terminação ficou em 1,0%, em média. Na terminação o ganho de peso médio diário aumentou de 0,82 kg por dia para 0,97 kg.

Para Nienke de Groot, retirar completamente os antibióticos da produção leva tempo e envolve uma atuação integrada sobre vários aspectos da produção, como qualidade da água, manejo, ambiência, sanidade e nutrição. “O estudo de caso comprovou que é perfeitamente possível”, diz. “Agora, nos concentramos em provar que o desempenho pode ser melhor quando substituímos os APCs por estratégias preventivas”, acrescenta a gerente global de programas para saúde intestinal da Trouw Nutrition.

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