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TIRO E QUEDA, por Altair Nery

O feriado da Consciência Negra, na ultima quarta-feira, 20, foi comemorado em Alta Floresta pela escola Furlani da Riva, como vem sendo há vários anos, aliás.

Para lembrar a data, professores de história da unidade escolar organizaram, junto com professores de outras disciplinas e com alunos, uma série de apresentações, com direito à desfile de moda, com a temática das matizes africanas, apresentações de danças, músicas e poesias.

A noite cultural aconteceu no auditório do Museu da Unemat e reuniu pais e membros da comunidade.

Foi muito legal, muito produtivo e muito esclarecedor para quem foi. Muitos tiveram o primeiro contato com a história do Zumbi dos Palmares, um líder quilombola que virou símbolo da resistência à escravidão. A vida ceifada em razão da causa que defendia, inclusive tendo sido decapitado e sua cabeça exposta em praça pública, são informações repassadas  no decorrer das apresentações que arrancaram burburinhos da plateia, alguns impressionados com a história outros, talvez, incomodados com o que ouviam, afinal, no Brasil de hoje vemos muitos “zumbis” sendo assassinados sem que nos demos conta do que está ocorrendo no país.

O caso mais recente (e chocante) vem do Rio de Janeiro, quando uma mulher, pedinte, moradora de rua, foi morta com um tiro disparado por uma pessoa que, para tentar se safar, para a polícia, disse que é doente mental. A vida de uma pessoa foi ceifada por causa de um real, uma mísera moeda de um real. Zumbi, se fosse da nossa época, estaria se erigindo contra essa barbárie.

Há outras. São muitas. São crianças mortas. Musico metralhado (preto). Gays mortos por causa da discriminação em razão de suas preferências. Mulheres abusadas por causa da vestimenta. A literatura é ampla. Zumbi teria dificuldade em escolher uma bandeira. Talvez continuasse com a bandeira que imortalizou sua batalha, o preconceito contra o negro, este ainda muito atual.

Outro assunto

Moradores e proprietários de terras ao logo da Terceira Leste, quarta leste, quinta leste Ramal do Mogno, 1ª Norte e Segunda Norte, estão distribuindo uma carta aberta à população em que pedem a mudança da localização da Praça de pedágio que será implantado na MT 208.

O problema são os gatos com pedágio que afetarão quem usa diariamente a rodovia. Os moradores reclamam “falta de apoio de deputados estaduais e federais e governador e Vice-governador”, por não demonstrarem muito entusiasmo em mudar a localização da Praça de pedágio.

Na carta, eles lembram que a obra da Praça de pedágio, mesmo após embargada pela prefeitura, foi retomada no dia 10/11, mas paralisada novamente após manifestação dos proprietários no local.

Uma reunião foi agendada e acontecerá hoje 22, às 14 horas, com representantes dos moradores, prefeito e representantes da Via Brasil, empresa que ganhou a concessão da rodovia. A Promotoria de Justiça, que abraçou a causa junto aos moradores, também estará presente.

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