Depois de quase cinco anos atuando como diretor técnico do Hospital Regional de Alta Floresta, o médico Sergio Dezanetti deixou a direção que comandava. E não foi uma decisão baseada em seus pensamentos próprios, sua vontade própria, mas sim uma imposição do próprio governo do estado. Tal imposição não se dá pelo nome de Sergio, mas é direcionada a todos os médicos que acumulem o cargo de diretor clínico com a atuação, como proprietários ou até sócios, em clínicas que prestam serviços nos hospitais públicos.
Há duas maneiras de pensar sobre esse caso e é preciso trazer estes dois pensamentos para que o leitor tire suas conclusões. Pelo lado do governo do estado, a decisão é interessante porque, no caso, o mesmo profissional que assina documentos essenciais da unidade é o que põe a empresa para decidir “coisas” dentro da unidade. Legalmente falando, é decisão acertada.
No entanto, pelo lado dos médicos, segundo o que anunciou o agora ex-diretor técnico, há jurisprudência que torna a contratação legalizada. Ele compreende que as decisões em alguns momentos podem chocar, mas afirmou em reunião com os prefeitos que as empresas tomam cuidados necessários, passando decisões administrativas para pessoas diferentes.
Pelo que deu pra ver, legalmente falando, os dois lados poderiam se compor sem que a população fosse atrapalhada.
Olhando pelo lado prático, o governo atual quebrou uma regra que vinha desde o governo de Blairo Maggi, quando este tipo de contratação foi aceita, continuou no governo de Silval Barbosa e passou por todo o governo Pedro Taques, que publicamente sempre batia no peito dizendo que era um governo legalista e que pautava por fazer todas as suas ações (cof cof cof, bateu forte demais) serem legais. #Batemaisfracomiséra
No caso de Alta Floresta, especialmente, o trabalho de Sergio Dezanetti rendeu algumas coisas bacanas, como por exemplo, a criação da associação amigos do hospital regional, a AAMIGHOS. Agora, as ações desta associação ficarão dormitando ou, como se diz no jurídico, sobrestada, até que se decida exatamente quais os caminhos Alta Floresta deverá seguir.
Ainda sobre o hospital
Os prefeitos do Consórcio de Saúde do Alto do Tapajós decidiram que irão provocar uma ultima conversa com o governador do estado para resolver de vez os atrasos de repasses ao hospital, que já somam quatro meses (desde ontem) e que podem gerar uma paralisação de atividades. No inicio do mês passado eram cinco meses, foram pagos dois, venceu mais um e agora é tuatro meses de atraso.
A soma de dívidas do estado para com o hospital, ainda que não tenha sido apresentada na reunião em numeros, abrange os salários dos médicos, dos servidores e de fornecedores, cujos trabalhos podem ser paralisados (fornecedores) ainda este mês, o que seria trágico para toda a região.
E pra finalizar, agora mudando de assunto
Na terça-feira o vereador Marcos Menin usou uma das edições do Tiro e Queda na semana passada para fazer o seu pronunciamento. Falou um monte. Ao final da reunião, pela primeira vez em todo o tempo em que é vereador, ele saiu pela porta dos fundos. Eu estava lá querendo conversar com ele e explicar o que ele não tinha entendido da leitura, quando vi que tinha saído pelos fundos, imediatamente fui atrás para perguntar, mas infelizmente, saiu correndo, deve estar correndo até agora, porque não mais o encontrei… Já pensou? se o cabra correr cinquenta km por dia, à pé, contando o feriado, já deve estar passando de Nova Canaã…
Brincadeira, claro… Vereador, ou o senhor não entendeu o que leu, ou leram errado para o senhor. Se quiser posso levar uma tradução mais simples até vossa excelência.