Capa / Tiro e Queda com Altair Nery / TIRO E QUEDA – 12.03.2019

TIRO E QUEDA – 12.03.2019

A polêmica do “0800” deve render mais alguns detalhes interessantes no dia de hoje, isto porque o jornalista Danny Bueno será entrevistado “ao vivo” pela TV Nativa, espaço que será dado à ele para se defender de acusações feitas pelo presidente da Câmara Emerson Machado, de que ele já foi “presidiário”, dentre outras. A resposta pode não agradar muito ao vereador, mas o jeito será esperar para ver a performance do jornalista pra saber.

A bem da verdade, este assunto, 0800, já rendeu demais, todos sabem o que aconteceu.

Mas se você, por acaso, ainda não sabe, a gente dá uma ajudinha.

Na semana que antecedeu ao Carnaval a reportagem do O Diário (nós aqui “memo”) recebeu uma gravação em áudio de uma reunião feita no ano passado em que vereadores, um secretário e o prefeito discutiam duas matérias, a Planta Genérica e a Lei do Nepotismo. Em relação à segunda, o prefeito tinha a intenção de que a lei fosse ou revogada, ou adequada para que pudesse contar com o ex-vereador Lau, que é esposo da vice-prefeita em seu quadro. Lau era (e ainda é) fundamental para o prefeito nas ações de suporte político dentro do Executivo.

No momento em que o Brasil discute mais austeridade nas ações dos políticos, discutir lei que afrouxe para as contratações é mesmo desgastante. No entanto, no caso, o desgaste ficou absurdamente alto para o presidente da Câmara que, durante a reunião, resolveu “vingar-se” da vice-prefeita e do consorte Reinaldo de Souza, o Lau.

E porque da vingança? O próprio presidente deu o tom, dizendo ter sofrido muito as consequências da entrada de Lau e Neia na disputa da Mesa Diretora, apoiando o Eloi Crestani. Era hora do “toma lá dá cá”. Ou seja, “no 0800”, nem pensar.

Pegou mal, ainda que ele se esforce em dizer que não houve pedido de dinheiro (que o Jornal deixou claro desde o primeiro momento, digassidipassage), mas a população não está nenhum pouco contente.

Na semana passada, ao dar entrevista sobre “outros assuntos”, na TV Nativa, Machado foi interpelado ao vivo e por telefone, pelo jornalista Danny Bueno, e acabou revidando. Na política, é bom que se diga, que toda a reação impensada, ou acalorada, tende a render mais dissabores do que necessariamente dividendos políticos (tem que explicar o que o sentido de dividendo, afinal, em tempos difíceis como esse, nem todo mundo sabe ler o que se escreve). No caso, a reação à indagação do jornalista foi desproporcional, para atacar uma suposta perseguição Machado entrou em assuntos muito pessoais. Vamos aguardar o que vem por aí.

Em tempo, perseguição, no sentido político, é quando é inventado algo sobre alguém e que não tenha relevância perante a uma sociedade. No caso de político, é estranho falar em perseguição, primeiro porque o papel da imprensa serve como uma espécie de “controle” do trabalho que é feito por eles. Quando as informações são com base em verdades (houve a reunião, houve a expressão 0800, não há nenhuma mentira no que foi dito) não pode nunca ser tratado como perseguição e sim como o natural trabalho da imprensa, simples assim, talkey?

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