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Sozinho, agente “cuidava” de 80 presos em Poconé

ae5ad5755e1dafec3b972687590d7f0cAgente penitenciário Júlio Fontes estava de plantão sozinho na obrigação de fazer a segurança da Cadeia Pública de Poconé (104 Km ao sul de Cuiabá), na tarde desta quarta-feira (16), quando fugiram 34 presos de 85 reclusos no local, embora a unidade tenha apenas 30 vagas.

Levou um soco no olho, coronhada na cabeça e também reagiu dando tiros não letais, na hora em que os detentos saíram em massa correndo pela porta da frente, fortemente armados, usando um método chamado de “cavalo doido”.

“Eles estavam no banho de sol e saíram tudo louco, fiz um monte de disparos, acertei um monte com munição anti-motim”, detalha o agente.

No plantão com Júlio Fontes, estava trabalhando uma agente mulher, desarmada, com função administrativa, como confirmam ele mesmo e o presidente do Sindicato dos Servidores Penitenciários do Estado de Mato Grosso (Sindspen-MT), João Batista Pereira de Souza.

O sindicalista denuncia que isso contraria portaria que estabelece o Procedimento Operacional Padrão da categoria, o POP. Entre outras regras, diz que agentes prisionais não podem trabalhar sozinhos por uma questão de segurança deles e na unidade.

Problema da superpopulação carcerária atinge unidade de Poconé, que tem capacidade para 30 mas abriga 85 detentos

“Lá em Poconé, já tivemos vários problemas por isso, inclusive com um juiz local, porque suspendemos as escoltas e o magistrado queria que deixássemos a unidade sozinha, para levar presos em audiências no fórum”, reclama o sindicalista.

Segundo ele, um jeito de resolver essa falta de efetivo seria a aplicação da lei, resultante de acordo entre o Governo do Estado e a categoria. “Só falta cumprir a lei, porque a gente tem interesse de fazer isso mas eles não querem pagar as horas extras”.

Outro lado

A Secretaria de Justiça e Direitos Humanos (Sejud), responsável pelo sistema prisional, afirma que a unidade conta com 16 agentes, o que dá uma média de três por plantão, contudo “alguns estão de licença”. A Secretaria diz ter “ciência do baixo efetivo. Justamente por isso tem um concurso público em andamento para suprir a necessidade de efetivo nas unidades prisionais”. Diz ainda que no plantão de ontem 2 agentes estavam trabalhando, um homem e uma mulher. (Folha Max)

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