Quarta-feira (15) completa 90 dias da paralisação da obra de construção dos 10 leitos de UTI no Hospital Regional Albert Sabin de Alta Floresta, as atividades foram interrompidas por necessidade de mudanças no projeto inicial o que gerou a solicitação na justiça de um aumento no orçamento que ainda não foi liberado. Além dos leitos de UTI, o projeto conta com a construção de uma nova cozinha, o que trará melhorias na estrutura do hospital.
A obra iniciou em setembro de 2016 após bloqueio judicial de valores da conta do governo estadual, na ordem de R$ 1.635.076,10 (um milhão, seiscentos e trinta e cinco mil e setenta e seis reais e dez centavos), o prazo de conclusão era de 120 dias e os leitos deveriam entrar em funcionamento ainda no ano de 2016, porém a verba bloqueada não foi suficiente, devido à mudança do projeto e a diretoria do HRAS solicitou novo bloqueio de cerca de R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), que até o momento não foi liberada pela Juíza responsável pela ação.
Até o momento foi concluída a parte física e faltam os acabamentos do piso e a pintura. Já os equipamentos para a unidade de tratamento intensiva ficarão a cargo da empresa especializada pela UTI que deve ser contratada após a Organização Social assumir a gestão da unidade, o que deve ocorrer até o final do mês de junho. Uma vez que aquisição dos equipamentos ficará por conta da empresa que assumirá a gestão da UTI, da nova verba que foi solicitado o bloqueio, deverá ser utilizado para a conclusão da parte física aproximadamente R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais).
Segundo o Ministério da Saúde, em Mato Grosso existem 698 leitos de UTIs, sendo 412 com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e 286 para atender convênios e pacientes com planos particulares. Somente o Hospital Regional Albert Sabin, encaminhou para tratamento em UTI em outros municípios 243 pacientes em 2014, sendo 85 por UTI aérea e 158 via transporte terrestre. Segundo os dados do HRAS-AF, em 2015 foram transferidos para tratamento em UTI em outros municípios 127 pacientes, sendo por regulação de UTI Aérea 58 pacientes, e por regulação terrestre 69 pacientes; em 2016 foram transferidos para tratamento em UTI em outros municípios 143 pacientes, sendo por regulação de UTI Aérea 50 pacientes, e por regulação terrestre 93 pacientes.