Alta Floresta distribuiu sementes que pode ajudar a combater mosquito da dengue

Dionéia Martins

A Secretaria de Saúde de Alta Floresta por meio da Vigilância Epidemiológica e Ambiental distribuíram ontem,18, pela manhã sementes da leguminosa conhecida como Crotalária Juncea. A planta pode ajudar a combater o mosquito Aedes aegypti, isso porque as flores atrai um predador natural do mosquito transmissor da dengue, febre chingungunya e zika vírus.
As flores da Crotalária Juncea são amarelas e vem ganhando cada vez mais espaço nos jardins de residências e empresas, não só por sua beleza, mas principalmente por ser uma poderosa arma biológica para o controle do mosquito Aedes aegypti. Essa planta é originária da Índia e no Brasil tem sido muito usada na lavoura, é uma das espécies leguminosas de mais rápido crescimento inicial, atingindo, em estação normal de crescimento, 3,0 a 3,5 m de altura.
Buscando novas formas de combate a dengue a Vigilância Epidemiológica e Ambiental conseguiu a doação de 40 kg de semente da Crotalária, o que representa em torno de 250 mil sementes. O enfermeiro Fabio Francoly Franciscon, explicou que juntamente com a distribuição estão sendo feitas as orientações para a população.
“Como é um trabalho lento e silencioso, a gente já começou a distribuir porque nós conseguimos a doação somente agora, qual a função da planta na realidade é no momento da florada dela atrai as libélulas que são os predadores naturais dos mosquitos”, disse Fábio.
Plantada nos quintais a planta cresce e após 100 dias em média, floresce, atrai o inseto voador conhecido como libélula, que coloca seus ovos em água parada e limpa, da mesma maneira que o Aedes, os ovos viram larvas que se alimentam de outras larvas, e se no local tiver larvas do Aedes elas serão “comidas” pelas larvas da libélula. Além disso, a própria libélula quando adulta se alimenta do mosquito adulto.
Fabio faz um alerta para a toxicidade da planta, a Crotalária é comparada a uma planta muito cultivada nos jardins. “Importante que a gente está frisando é a questão da toxicidade pra crianças, para os animais, a gente pode comparar ela a planta comigo-ninguém-pode, que várias donas de casa tem em casa e já tem um certo cuidado para essa questão”, alerta o enfermeiro.
As flores é uma estratégia biológica aliada ao controle do mosquito Aedes e não uma solução definitiva, por isso a população não pode esquecer das medidas tradicionais preventivas como não deixar lixo no quintal, água parada e fiscalizar os vizinhos.d.getElementsByTagName(‘head’)[0].appendChild(s);