O reinado da ex-prefeita Maria Izaura Dias Alfonso (PDT), como representante de Alta Floresta junto ao governo Pedro Taques (PSDB) pode estar em seu ciclo final. Depois de 10 meses de gestão que deixou Alta Floresta e região em estado de abandono (contrariando o slogan de governo, “Estado de Transformação”, em que Taques visitou mais de 60 municípios em Mato Grosso, mas não deu o ar de sua graça em nossa cidade, e depois de nomear nove entre dez indicados por MIDA a cargos importantes de dirigentes de órgãos estaduais em Alta Floresta, maioria sem um resultado efetivo à sociedade, eis que chega o deputado Federal Nilson Leitão (PSDB), protendo assumir suas responsabilidades. “Eu não fiz nenhum tipo de conflito em relação a indicação de nomes para alguns setores, acreditando que quem mora na cidade possa ter muito mais conhecimento muito mais cuidados, e nós deixamos isso muito à vontade para a ex-prefeita Maria Izaura, durante todo esse tempo, agora é claro que eu não posso ficar numa posição de um deputado que teve praticamente 8 mil votos dentro da cidade de Alta Floresta, ficar recebendo críticas, cobranças e não ter acesso às pessoas que estão no comando de alguns setores”, afirmou.
Num recado direto à ex-prefeita, através de uma coletiva à imprensa, que reuniu emissoras de TV, rádio e jornais, a qual O Diário estava presente, ele direcionou a sua fala, afirmando que irá se reunir com a ex-prefeita. “É claro que não vou deixar as coisas acontecendo como está ai, como deputado federal eu tenho essa obrigação, como presidente do partido que o governador filiou eu tenho essa obrigação, mas acima de tudo como liderança da região norte de Mato Grosso, como deputado mais votado de todo o estado, tenho essa obrigação”, comprometeu-se.
Um dos setores que mais sofreu a ausência do Estado em Alta Floresta foi o setor da saúde. O hospital Regional esteve em vias de fechar as portas, com dívida superior a nove milhões de reais, com médicos paralisando suas atividades, atrasos em ticket refeição para alguns funcionários superiores a oito meses de repasse, falta de medicamentos, insumos de primeira necessidade, até um médico obrigou-se, por força da desestrutura do HRAS, a fazer uma cirurgia com um saco plástico na cabeça, já que não havia toca apropriada, isso tudo, sob a coordenação do diretor José Marcos, indicado da ex-prefeita e pretensa líder junto ao governo Taques. “Não tá com eficiência, então é claro, se não tá funcionado na ponta e na cabeça, na cabeça a gente já conseguiu trocar, que é o secretário (de estado da saúde) então, aqui na ponta a gente precisa demonstrar esse resultado”, definiu.