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Operação Lava Jato é tema de curso realizado em Cuiabá

A “Operação Lava Jato”, que investiga crimes financeiros e que está na 18º fase, foi um dos destaques do curso “Estratégia Nacional de Combate a Corrupção”, promovido pelo Governo do Estado e a Secretaria de Segurança Pública (Sesp) de Mato Grosso. Dentre os temas em debate estavam as técnicas de investigação na Operação e a colaboração premiada.

Participaram do curso membros do Ministério Público Federal (MPF), Ministério Público Estadual (MPE), Polícia Militar, delegados, promotores e demais agentes públicos. O curso foi ministrado nos dias 27 e 28 de agosto, no Salão Nobre Cloves Vettorato, no Palácio Paiaguás.

Um dos procuradores que atua na investigação Lava Jato, Roberson Pozzobon, pontuou que os corruptores acreditam na impunidade e por isso arquitetam desvios e fraudes dentro das instituições. “O crime de corrupção é diferente de outros crimes, pois ele não acontece de forma impulsiva. A corrupção é pensada para dificultar a fiscalização. Os corruptores apostam na impunidade”, declarou.

Pozzobon ressaltou a importância de uma ação conjunta entre os órgãos e instituições para o combate a corrupção. “Todos os órgãos devem atuar na busca de provas robustas e incontestáveis”, falou. O procurador também elogiou o curso realizado na Capital. “O evento foi fantástico. Permitiu a troca de experiências entre os órgãos para o combate a corrupção. Novas perspectivas permite avançar”, enfatizou.

O procurador da República e coordenador da força-tarefa da Lava Jato, Deltan Dallagnol, disse que o país vive um caos por causa da corrupção. Para ele, a crença na impunidade e a forma legal de recorrer várias vezes em um processo acentuam as dificuldades em sentenciar um corrupto.

Deltan falou sobre a colaboração premiada, recurso utilizado por alguns réus da Operação Lava Jato e que nortearam a investigação. O procurador disse que o acordo premiado ainda não é muito utilizado porque o réu acredita na impunidade. Mas no caso da Operação Lava Jato, a colaboração premiada está sendo mais utilizada porque a cada nova fase surgem novos autores.

“Já são 28 colaborações premiadas (Operação Lava Jato) e 30 réus condenados. A palavra do colaborador é o ponto de partida da investigação. Para cada evidência, há infinitas hipóteses”, declarou.

O secretário Executivo de Segurança Pública, Fábio Galindo, disse que o resultado destes dois dias de curso acrescentou muito ao Estado no enfrentamento a corrupção.

“A ressonância que recebemos de todos que participaram foi muito positiva. Tivemos cursos técnicos com os verdadeiros paladinos do combate a corrupção no país. Vieram para o Estado de Mato Grosso uma tropa de elite do combate a corrupção. Procurador Douglas Fischer comanda a força-tarefa da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal. Procurador Deltan Dallagnol que comanda a Operação em Curitiba. Pessoas engajadas e comprometidas com a ética. Aqui em Mato grosso teremos um enfrentamento de excelência”, afirmou.

 

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