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Presidente da Amam reconhece papel da corregedoria e diz que juiz não é “tira-férias de Deus”

KODAK Digital Still CameraO presidente da Amam – Associação dos Magistrados de Mato Grosso José Arimatea Neves Costa, em sua fala à imprensa de Alta Floresta, durante o ato em favor da juíza Milena Ramos de Lima e Souza Paro, da 6ª Vara Cível de Alta Floresta, reconheceu o papel da corregedoria do Tribunal de Justiça, cuja maior função é a fiscalização dos atos de juízes de primeira instância, em possíveis falhas disciplinares. “Juiz, como qualquer ser humano, ele pode errar e por isso que tem Tribunal, porque juiz, se fosse perfeito, fosse uma espécie de tira-férias de Deus, não precisava de Tribunal, ficava mais barato ter só o juiz, se o juiz é passível de erro como qualquer ser humano, é pra isso eu tem Tribunal”, disse o presidente da Amam.
Ainda assim, mesmo reconhecendo o papel da corregedoria, que foi acionada pelo prefeito Asiel Bezerra para apurar suposta falha profissional da juíza Milena Ramos, o presidente atacou ao prefeito afirmando que “quem tem bom direito recorre e ganha dentro do processo não precisa fazer reclamação contra juiz em corregedoria, não precisa ir pra mídia dizer que a associação tá mentindo, não precisa utilizar subterfúgios, que não aqueles argumentos estritamente processuais”, atacou.
FaixaFaixas – Durante o evento, várias faixas, em torno de 10, espalhadas em frente ao fórum. A maioria foi grafada com erros grotescos. Em uma delas, a palavra precisa, foi escrita com cê-cedilha, “preçisa”. Noutra faixa, dois erros viraram o centro das atenções. “Ordem judicial não se discute, se cumple. Apoiamos a magistrada pela coragen”, “cumple”, ao invés de cumpre e “coragen”, ao invés de coragem.
O presidente da Amam negou que a associação tivesse colocado as faixas e afirmou que sequer a dra Milena tinha conhecimento. “Nós chegamos aqui de manhã e estas faixas já estavam alocadas nestes pontos que nós estamos vendo e nós não sabemos, nem a Dra Milena, eu conversei com ela e ela não sabe me dizer quem que produziu estas faixas, quais foram as entidades, quais foram as pessoas que tomaram esta iniciativa”, negou.
Algumas pessoas presentes ao ato chegaram a colocar em dúvida o interesse dos responsáveis pelas faixas, cuja finalidade poderia ser de ridicularizar o evento. Perguntado se a Amam iria tentar descobrir quem fez as faixas, ou sugerir à sua associada que o fizesse, dr José Arimatea negou. “Não temos interesse nenhum, porque isso não diz respeito à essência do que nós viemos afazer aqui em Alta Floresta”, finalizou.
A juíza, Dra Milena, não gravou com a imprensa, mas conversamos com ela e perguntamos se ela tinha interesse em descobrir o autor das faixas. Primeiro disse que não, em seguida, ante a desconfiança de que as faixas estivessem ali com algum motivo estranho ao evento, ela disse que poderá requerer fitas do sistema de segurança do fórum ou então apurar se os seguranças que atuam no prédio tenham identificado o autor (ou autores) do manifesto com erros grotescos.

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