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Paranaíta: Barrageiros reclamam que foram “dispensados” por Usina e procuram apoio na prefeitura

DSC09706Um grupo de pelo menos 50 barrageiros, que se deslocou até a cidade de Paranaíta em busca de uma colocação na obra da Usina São Manoel, de responsabilidade da empresa Constran, procurou a prefeitura de Paranaíta na sexta-feira, 20 para pedir socorro ao prefeito Tony Rufatto. Eles denunciam que foram “preteridos” pela empresa Constran, disseram que estão passando fome e pediram inclusive apoio para retornarem às suas casas. Os trabalhadores são oriundos de estados do Nordeste. Os barrageiros reclamam também da falta de apoio do sindicato da categoria. Os trabalhadores disseram que a empresa, que vinha assumindo os custos com o hotel e alimentação enquanto a contratação não era realizada, determinou que a partir de sexta-feira, não mais iria custear a permanência deles, apenas dos que estivessem selecionados.

O prefeito de Paranaíta Tony Rufatto interveio junto à Constran, e conseguiu uma “trégua” até esta segunda feira quando volta a conversar sobre o assunto e os trabalhadores, 50, retornaram aos alojamentos (dois hotéis contratados para funcionar nesta condição). “Eu liguei para os diretores da Constran, liguei para os diretores da São Manoel, chamei eles até o gabinete e aqui conversamos e procuramos fazer um acordo da melhor maneira possível (…) eles iriam dar alimentação, abrigar os trabalhadores até segunda-feira pra ver o destino que iriam tomar”, disse Tony Rufatto.

No entanto, no sábado pela manhã o clima voltou a ficar tenso, porque outro grupo de funcionários, aproximadamente 25, voltou a procurar a sede da prefeitura reivindicando as mesmas condições. Eles aproveitaram que o prefeito Tony foi à frente do prédio da prefeitura e suplicaram o apoio do chefe do executivo. “Me surpreendeu porque falaram que iriam ficar só até meio dia e despejar eles do alojamento”, relatou o prefeito. No acordo do dia anterior, a Constran havia se comprometido com o grupo de aproximadamente 50 trabalhadores que procuraram a prefeitura na sexta-feira, no entanto, até o final do dia, já haviam sido cadastrados 116 funcionários. O numero de pessoas que aguarda a solução deve ser muito maior, já que há os em torno de 25 que procuraram a prefeitura no sábado e os 80 trabalhadores que foram vítimas de um golpe de estelionato descoberto no final de semana em Alta Floresta. “É difícil, a prefeitura ela agradece as empresas que vieram para cá, essas usinas que estão sendo instaladas, porque trouxeram o progresso, está ajudando o município, mas também trouxe muito ônus, principalmente a São Manoel que veio agora por ultimo e que não gera um centavo de ISSQN”, reclamou o prefeito paranaitense.

Na tentativa de buscar uma solução pacífica para o impasse o prefeito conversou com integrantes do Ministério Público do Estado e com o Ministério Público do Trabalho, recebendo a orientação para que realizasse um cadastramento para identificar, dentre outros dados, a origem e a forma como os trabalhadores vieram à região. Três funcionários, orientados pelo secretário de Administração Osmar Antonio Moreira, passaram a tarde realizando o cadastro com os barrageiros. A intenção é, hoje ainda, iniciar um dialogo com a empresa para buscar uma solução para os trabalhadores. “O trabalhador vem, talvez venha aventurar, mas as empresas, segundo os diretores, eles tem um planejamento que eles chamam estes funcionários, e esses, dizem que eles vieram sem serem chamados, então, alguém tem que achar uma solução pra isso”, afirmou Rufatto.

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