O Advogado da Empresa Satélite Ltda, Antônio Dias, falou com exclusividade ao Jornal O Diário, sobre a decisão tomada pelo Judiciário da Comarca de Alta Floresta, que concedeu a reintegração de posse da área que havia sido invadida por várias famílias, onde funcionou por muitos anos a sede da empresa em Alta Floresta. Com a reintegração, a empresa pretende “tomar conta”, uma vez que a área foi penhorada na justiça como garantia de pagamento de dívidas trabalhistas da empresa.
A Reintegração de Posse foi cumprida na terça-feira, 22, com relativo sucesso, por oficiais de justiça e com apoio da Policia Militar. Tudo transcorreu dentro do que era esperado, e apesar do clima tenso que se instalou no local, a reintegração foi cumprida sem nenhum incidente.
“Agora vamos tomar conta da área, por que essa área, antiga garagem da Satélite, está penhorada na Justiça, por causa de uma dívida trabalhista. Agora que não tem mais ninguém na área, vamos começar o trabalho de cercar toda a área para evitar novas invasões, e possivelmente, colocar pessoas para vigiar o local, com remuneração mensal”, disse o causídico. “A Empresa Satélite vai tomar conta até a data da penhora do imóvel pela Justiça Trabalhista”, explicou Antônio Dias.
As ações trabalhistas de cerca de 80% dos ex-funcionários da empresa, foram agrupadas e beneficiadas em uma medida cautelar no TRT-MT em Cuiabá. O advogado explica que foi oferecido e vendido um terreno num valor entre três e quatro milhões de reais. Os recursos servirão para quitar os débitos trabalhistas destes funcionários. “Já com a venda desse terreno em Alta Floresta, acredito eu, que possa concretizar e finalizar os pagamentos de todos os outros processos trabalhistas”, imagina o jurista.
Sobre a ocupação irregular ocorrida em Alta Floresta, o advogado acusa os invasores de terem “roubado” objetos e “depenado” ônibus que estavam no local. “A empresa passou por um momento muito difícil e infelizmente, teve que fechar as portas, e aconteceu o que aconteceu aqui, teve a área invadida, roubaram quase tudo, depenaram 6 à 7 ônibus, tocaram fogo, foi um prejuízo enorme para a empresa, mas a vida é essa”, finalizou Antônio Dias.
Fonte: José Ronaldo/Jornal o Diário