Na cerimônia de posse dos novos ministros, que durou menos de 1h, a presidente Dilma Rousseff (PT) disse acreditar que o mato-grossense Neri Geller (PMDB), que assumiu a Agricultura, vai levar o Brasil a alcançar novos recordes do setor. Ela fez questão de destacar que Neri conhece profundamente o cenário do país, principalmente o do Centro-Oeste. O peemedebista já vinha atuando na equipe de Dilma como secretário executivo de Política Agrícola e ele substitui Antônio Andrade (PMDB-MG), que deve disputar vaga na Câmara Federal.
Além de Neri Geller, outros cinco ministros foram empossados: Gilberto Occhi, de Cidades; Clélio Campolina, de Ciência e Tecnologia; Miguel Rosseto, de Desenvolvimento Agrário; Eduardo Lopes, de Pesca; e Vinicius Lages, de Turismo.
Ainda em seu discurso, Dilma ressaltou que Neri, como secretário de Política Agrícola e como produtor, atuou de forma decisiva e com posição de destaque no setor. Dilma ainda citou que o novo ministro esteve presente ativamente na elaboração do Plano Safra Agrícola e no Plano de Armazenagem.
“Deixamos de ser o país do futuro e estes brasileiros que aqui estão hoje são responsáveis por construirmos o Brasil do presente. O povo brasileiro é sábio e percebe muito bem quem está ao lado dele. Asseguro aos senhores que esses ministros que saem e que entram estão ao lado do povo brasileiro”, disse a presidente.
Para a petista, a expectativa é que 2014 seja um ano de boas realizações para os ministérios. As mudanças nas pastas eram esperadas desde o ano passado. A maioria dos ministros deixou o governo para disputar as eleições.
Crise
As entidades representativas de pesca e agricultura reclamam da troca sucessiva de ministros nas pastas em questão, que foram as que mais sofreram mudanças. No caso da posse de hoje, Neri Geller e Eduardo Lopes foram os quartos empossados desde que a presidente assumiu em 2011. Para eles, as frequentes trocas têm efeito negativo porque geram instabilidade, descontinuidade administrativa, interrupção de programas e alteração das diretrizes para o setor.
As mudanças acontecem ainda em meio a uma crise da base aliada na Câmara com o Planalto, especialmente com o PMDB de Neri que cobra mais espaço. Apesar disso, Dilma não mandou nenhum recado. (Leia Lucas)