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Contra fechamento de escritório, comércio de Paranaíta promete se manifestar contra a CHTP

empresarios ParanaítaUm grupo de empresários de Paranaíta convocou o prefeito Tony Rufatto e sua equipe administrativa para explicar os prováveis avanços obtidos após o decreto de situação de emergência, no ano passado, e para esclarecer sobre a eminente saída do escritório da CHTP do município, informação que circula no comércio local. Os comerciantes prometem realizar manifestações para exigir investimentos, como forma de compensação pelos impactos causados pela instalação da obra. A reunião aconteceu no prédio da prefeitura e teve a participação de representantes da Câmara de Vereadores.
Inicialmente, o prefeito esclareceu que, no final de 2013, após o município ter decretado situação de emergência, a própria CHTP, através do diretor Marcos Duarte, organizou uma visita dos prefeitos dos municípios impactados pela UH, à Brasília onde foram recebidos em uma reunião conjunta com sete ministérios. Rufatto reclamou naquela época sobre a falta de investimentos do governo federal e até fez um comparativo de que a cidade de Sinop, que também tem uma usina em andamento, mas que é pelo menos três vezes menor e com menor impacto social, recebeu quase 200 milhões apenas do governo federal, enquanto que Paranaíta e os municípios da região não foram. Sobre os investimentos do fundo garantidor de R$ 10.000.000,00 (dez milhões) tão anunciado pelos investidores da UHTP, Rufatto não foi muito esperançoso por conta de uma série de diálogos que teria tido com alguns diretores da companhia. Primeiramente, teria recebido a incumbência de apresentar demandas emergenciais para a companhia, o que teria feito cobrando, dentre outras, a aquisição de 2pcs, ônibus, patrol, caçambas, e outros benefícios. No entanto, um dos diretores teria negado que essa ação seria possível, isso após passados ao menos 60 dias da primeira proposta.
Rufatto explicou que a CHTP está em processo de “transição”, para a saída dos construtores da usina Teles Pires e para a chegada da equipe que construirá a usina de São Manoel, e que ainda não recebeu nenhum contato com os novos investidores.
Como houve a proposta de manifesto, o prefeito foi reticente e pediu um pouco mais de tranquilidade para a população, já que está previamente agendada uma reunião para meados de fevereiro (data ainda não confirmada, mas que possivelmente será no dia 17) em Brasília para a conclusão das conversações com os ministérios. Ele pediu para que os comerciantes aguardassem. Dentre as propostas está até mesmo a de fechar os acessos para a Usina Hidrelétrica o que poderia causar grandes transtornos para a obra. “Eu pedi calma, para que os empresários tivessem paciência até que a gente vá lá (em Brasília) que eu tenho fé e esperança que a gente vá lá e volte com resultados positivos, que isso que os ministros nos falaram no ano passado”, afirmou. Rufatto agradeceu o apoio e a preocupação dos empresários e afirmou que a força que o povo exerce precisa ser respeitada. “o povo tem força, o povo coloca prefeito, coloca governador, mas o povo tira, o povo tem força, pode ter certeza que se eles quiseram, eles tem muita força. Não precisa chegar nesse ponto (fechar a entrada pra usina) basta que nos atenda, que nos olhe diferente”, pediu.
Em atenção ao pedido do prefeito, os comerciantes decidiram por uma paralisação de advertência, com data a ser definida, por duas horas, o que deve acontecer antes mesmo da viagem de Rufatto à capital federal. O empresário Giovani Balduíno, um dos lideres da reunião, afirmou que o comércio não irá ficar parado esperando os resultados acontecerem. “A gente já está se movimentando, a gente vai agir, não vamos esperar que as coisas aconteçam lá na frente”, afirmando que o empresariado quer ver os resultados imediatamente.
A empresária Ivone Alves de Souza, disse que é função de todos os moradores de Paranaíta, defender os interesses da cidade. “Nós temos que defender o que é nosso e o que é nosso eles estão lavando embora que são as nossas belezas naturais, eu não acredito que nos teremos que pagar o pato e ficar aqui, depois, a mercê”, disse, afirmando que os empresários vão cobrar os políticos de Paranaíta para que busquem as soluções almejadas. “Eu acredito que o povo aqui de Paranaíta vai se unir com a gente sim”, afirmou, dizendo que a saída do escritório local da usina é uma das preocupações dos comerciantes.
Para o presidente da Camara de Vereadores, Rusdaell Barbosa, a CHTP “está cuspindo no prato de comeu”, e reclamou que o município está perdendo suas belezas naturais para gerar energia para todo o Brasil e o município sequer está sendo ouvido. “Eles estão agindo com descaso com nosso município, nosso comercio, e vou mais longe, eles nunca compraram no comercio de Paranaíta, o comércio teve um pouco de movimento agora por causa do asfalto, das empresas terceirizadas, agora simplesmente eles tiram o escritório e querem jogar a população contra a administração. Isso não pode existir, o empreendedor tem suas responsabilidades e tem que cumprir com suas responsabilidade”, reclamou, para em seguida “decretar”, ninguém é obrigado a morar onde não quer, mas pelo menos tenha a consciência que quem paga os salários deles é o município de Paranaíta”.

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