Um dos idealizadores do movimento “Aulas Já”, que é propagado pelas redes sociais, condenou a afirmação da diretora regional do Sintep de Alta Floresta, professora ilmarli Teixeira, de que os alunos não serão afetados pela greve, afirmando que os alunos já estão prejudicados. Hoje faz 53 dias que o movimento foi deflagrado e entre as idas e voltas, nem Sintep e nem Governo do Estado chegaram a uma conclusão. “É uma inverdade dizer que os alunos não serão prejudicados. Tem alunos que estão próximos de se formar, do terceiro ano, que não poderão participar de vestibular no final do ano. Tem ainda os casos de alunos que já estão programados para irem para outros estados no final do ano e acabarão perdendo o ano letivo”, afirmou Janival Oliveira, da Associação Estudantil Força Jovem. Outra preocupação demonstrada é quanto aos alunos da zona rural, que com a chegada do período das chuvas, os ônibus escolares terão dificuldade de transitarem pelas estradas rurais.
O movimento tinha até ontem, 428 integrantes e mais de 4.500 seguidores, a maioria pais e alunos afetados pela greve. Janival voltou a dizer que teme que os alunos que integram o movimento sejam perseguidos após a volta às aulas. Ele afirmou que, logo nos primeiros dias do movimento nas redes sociais, alguns professores “se infiltraram” na página e trocaram acusações com alunos. “Nós tiramos esses comentários, mas antes fizemos print das conversas para nos resguardar. Houve casos em que o aluno deixava um comentário e em seguida o professor vinha respondendo de maneira agressiva. Nós ficamos tristes porque a democracia deveria imperar, mas desse jeito, com o risco de perseguição, aí não fica bem. Nós orientamos aos alunos que eles não se exponham para não serem prejudicados no futuro”, afirmou.
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