O Museu Nacional de Belas Artes (MNBA), no Rio, reuniu algumas das principais obras de arte sacra italiana. A exposição “A herança do sagrado” será aberta ao público na quarta-feira (10), e faz parte da programação da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O cuidado com o transporte e a abertura das caixas, se justifica. Elas guardam tesouros que compõem a exposição, que começou a ser montada no Rio. A mostra, com 105 peças, reúne algumas das mais importantes obras de arte sacra dos museus vaticanos e de várias regiões da Itália, como mostra o Bom Dia Rio.
São quatro temas retratando a fé cristã: a imagem de Cristo, a Virgem Maria, os santos e os apóstolos.
Antes de as obras ganharem os espaços, cada pela é inspecionada por técnicos, cuidadosamente, para ver se houve danos com a viagem. Afinal, diz o curador Giovanni Morello, além de imponente, esta mostra traz uma seleção rara de trabalhos criados por artistas renomados, contando um pouco da religiosidade ao longo dos tempos.
A exposição traz nomes como Ticiano, Leonardo da Vinci, Caravaggio, Lorenzo Lotto, Guido Reni.
Uma das peças tem uma história valiosa. Quando a Pietá de Michelangelo, que está na Basílica de São Pedro, no Vaticano, foi atacada por um vândalo, nos anos 70, foi esta réplica que serviu de modelo aos artistas para o trabalho de restauração do nariz e de um dos dedos da Virgem Maria quebrados durante o ataque.
Esta reprodução é a única no mundo feita a partir do molde original de Michelangelo. A escultura, de 1950, foi feita em pó de mármore e pesa 236 quilos.
“Nunca recebemos um conjunto tão significativo e singular de nomes como Guido Reni, Ticiano, Michelangelo, Leonardo da Vinci, numa única mostra. É um conjunto significativo de obras primas da história da arte internacional”, disse a diretora do MNBA, Mônica Xexeo.
Fonte: G1