
Cursos integram a segunda fase do Programa REM MT e têm foco em práticas agropecuárias sustentáveis de baixa emissão de carbono
A Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico de Mato Grosso (Sedec-MT) destinou R$999.920,16 para o Plano de Capacitações em Sistemas Integrados de Produção Agropecuária, que atenderá agricultores do Assentamento São Pedro, em Paranaíta. A iniciativa faz parte da segunda fase do Programa REM MT, em parceria com a Aliança SIPA e a Universidade Federal de Rondonópolis (UFR).
O cronograma contempla seis capacitações, tendo a primeira sido realizada em junho e a última com previsão para novembro, direcionadas a agricultores assentados e comunidades rurais da região. A proposta busca fomentar sistemas produtivos mais sustentáveis, em consonância com as diretrizes do Plano ABC+, que incentiva a integração entre solo, lavoura e pecuária e a adoção de práticas de baixa emissão de carbono.
As atividades estão concentradas no Assentamento São Pedro, criado em 1997 como parte da política de reforma agrária. A área possui aproximadamente 35 mil hectares e abriga cerca de 3 mil pessoas, distribuídas em 776 lotes e organizadas em 22 comunidades. A principal atividade econômica é a pecuária de corte, seguida pela produção de leite, que complementa a renda das famílias.
De acordo com a secretária adjunta de Agronegócios, Crédito e Energia, Linacis Silva Vogel Lisboa, a iniciativa busca fortalecer a produção local, aumentar a produtividade e contribuir para a sustentabilidade ambiental e social da região. Os cursos abordarão práticas de Integração Lavoura-Pecuária (ILP), modelo que promove a intensificação da produção com responsabilidade ambiental.
“As capacitações foram pensadas para atender às demandas específicas da região, considerando o perfil produtivo do assentamento. Nosso objetivo é difundir práticas de integração lavoura-pecuária que aumentem a eficiência do uso da terra, reduzam os impactos ambientais e fortaleçam a competitividade dos pequenos produtores”, destacou.
Antônio Henrique Cavalcante, produtor no Assentamento São Pedro, participou das primeiras atividades e destacou a importância do projeto.
“A esperança nunca morre né? Esse projeto está vindo aí para dar mais esperança para nós. Está trazendo várias capacitações para ajudar nós que somos pequenos produtores rurais. Essa é a confiança que estamos depositando hoje nesse projeto e esperamos o melhor”, disse.
Para Diemerson Júnior da Silva, também morador do assentamento, a iniciativa representa uma oportunidade de aliar desenvolvimento econômico e preservação ambiental.
“Aqui a gente tem um potencial muito grande, uma riqueza imensa. Eu, enquanto jovem, tenho 29 anos, enxergo muito isso, né? E o projeto vem para somar, para fortalecer essa parte da produtividade e também a sustentabilidade ambiental e social”, afirmou.
Yasmim Di Berti | Assessoria/Sedec