Profissionais do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep-MT) aprovaram em assembleia-geral, na manhã desta segunda-feira (20), um calendário de mobilização da categoria, que busca reajuste salarial com ganho real. A reunião aconteceu em frente à Secretaria de Educação do Estado (Seduc-MT) e contou com a participação de 76 municípios representados por seus servidores.
Na semana passada os servidores realizaram uma reunião expondo as demandas e já anunciando assembleia para esta segunda, quando votariam uma possível greve, que não foi acolhida pela maioria.
Além de questões salariais, há ainda pautas como o fim do confisco das aposentadorias e pensões e a garantia do concurso público.
Com as definições em assembleia, agora a categoria está em fase de elaboração de um cronograma de mobilizações para os meses de julho e agosto.
Anadelma Borges,60, há mais de 25 anos é professora no município de Várzea Grande e relata sobre a situação dos profissionais da categoria.
“Os professores ficam sobrecarregados com muita carga horário, tendo que trabalhar para fazer 40 horas e muitos fazem concurso, ficando com 60 horas em escolas estaduais e privadas para conseguir pagar faculdades dos filhos”, pontua.
A servidora fala ainda sobre a saúde mental os profissionais, que estava severamente afetada por conta do excesso de atividades. “Muitos colegas almoçam dentro do carro”
Deumaci Souza da Silva,51, técnica de nutrição em Barra das Garças, reclama da alta carga horária e poucos profissionais no setor.
“E os profissionais não aumentaram, não contrataram e que no último edital só teve cargo de professor, que para merendeira não há vagas no edital”, explicou.
O sindicato segue em tratativas com o governo do Estado, que se mostra resistente em atender aos pedidos.
Joeli Cruz
Gazeta Digital