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Câmeras em fardas padece de estudo e assunto não é pacificado no país, diz secretário

O secretário de Segurança Pública, coronel César Augusto Roveri, disse que a instalação de câmeras de vigilância nas fardas dos policiais não é um assunto pacificado no país. Em entrevista à imprensa, o gestor evitou comentar se é contra ou a favor da ideia, mas destacou que o assunto padece de estudo técnico, principalmente sobre o impacto financeiro.

Em Mato Grosso, o assunto está em debate desde o ano passado, quando o deputado Wilson Santos (PSD) apresentou um projeto de lei em que obriga o Estado a monitorar a atividade policial.

A matéria causou polêmica e o autor acusou os deputados da Segurança de ter travado a tramitação da proposta e, neste ano, reapresentou o texto com a missão de sensibilizar os colegas a votarem a favor destacando dados do Governo de São Paulo sobre mortes decorrentes de intervenção policial.

“Pouquíssimas unidades da federação fazem o uso dessas câmeras no fardamento dos policiais. Estive três vezes neste ano no Ministério da Justiça em reuniões com o ministro e com o secretário nacional e com todos os secretários de Segurança do país e em nenhuma dessas reuniões nós abordamos esse assunto. É um assunto que será tratado para ter um alinhamento em nível nacional, não só dentro do Estado de Mato Grosso”, disse o secretário.

Roveri destacou que a Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) faz parte da comissão da Assembleia que discute o tema. Ele frisou que a instalação no Estado padece de uma previsão orçamentária.

“Afinal de contas nós estamos falando em torno de 1,1 mil a 1.150 policiais por dia por serviço no Estado, então teremos que ter câmeras, teremos que ter softwar, armazenamento desse material […] nós temos muita coisa para decidir sobre esse assunto, não é um assunto simples, como eu disse precisa de um estudo técnico e impacto financeiro para o cumprimento desse uso das câmeras”, comentou

Rafael Machado

Estadão Mato Grosso

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