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Alunos, professores e lideranças indígenas realizaram manifesto em Alta Floresta

Indígenas da aldeia Kururuzinho, da etnia Kayabi, localizada às margens do Rio Teles Pires entre os municípios de Apiacás e Jacareacanga (PA), realizaram uma manifestação na tarde desta terça-feira (03) no CEFAPRO  (Centro de Formação e Atualização dos Profissionais da Educação Básica de Mato Grosso), para solicitar melhorias na infraestrutura da Escola Estadual Indígena Itaawy’ak onde estudam cerca de 160 jovens. Alunos da instituição participaram do movimento com trajes e artefatos indígenas.

De acordo com o cacique Eleniuldo Kayabi a escola no momento não está atendendo os alunos devido à falta da infraestrutura, “a gente esta reivindicando nossos direitos, sobre a escola estadual que fica no rio Teles Pires, onde está sem apoio principalmente do Estado, estamos sem energia, sem internet, poucos professores foram contratados ali para escola que esta esquecida pelo Estado” a comunidade deu um prazo de quinze dias para uma resposta.

A escola foi umas das primeiras unidades criadas em Mato Grosso para atender alunos indígenas e o atendimento à essa instituição requer dos profissionais da educação muita logística, pois estão, em sua maioria, margeando o Rio Teles Pires, acesso esse que exige horas de viagem por estrada não pavimentada e tantas outras por via fluvial. O professor Elimar Akai Munduruku participou do movimento e trouxe os pontos que mais necessitam de atenção, além da situação que dificulta o ensino, “a gente na verdade conhece a nossa realidade, nós professores que trabalhamos dentro da escola indígena a gente conhece a nossa realidade, então estamos aqui para reivindicar apoio, a nossa escola está passando por situações difíceis, mais pela questão do transporte dos alunos, os alunos que moram nas aldeias mais próximas a gente não tem recurso suficiente para leva-los a escola”, destacou.

O aluno Gabriel Wuaru Munduruku veio juntamente com os seus colegas de escola em trajes indígenas manifestar pelos seus direitos, “estamos com a escola parada por falta de recurso e de professores, os nossos professores que estão sofrendo muito com a falta de alimento e combustível para se deslocar da aldeia a suas casas” completou o aluno.

Os principais pontos da reivindicação foram: solicitação de combustível pra leva e buscar os professores da beira do rio até as residências, cota mensal de gasolina para transportar os alunos até a escola, solicitação de recursos para merenda escolar; contratação de professores indígenas, além da regularização da energia elétrica e de internet da escola.

Kariny Cristina

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