A colheita de grãos movimenta além dos ambientes das lavouras e impacta diretamente, e de forma positiva, nos empregos. Para o transporte de toda a soja que está sendo retirada do campo, é preciso reforço na frota de caminhões e de mais motoristas.
Muitos desses trabalhadores são de outros estados e viajam para Mato Grosso para aproveitar essa temporada de contratações. Em uma propriedade rural em Lucas do Rio Verde, no norte do estado, as equipes já estão em campo para tentar mais um recorde de produção.
O motorista Valdecir Carminatti Junkes contou que é do Paraná, mas viajou para Mato Grosso para trabalhar nesta safra. “Um amigo que me indicou na fazenda no ano passado e eu gostei. Lucas do Rio Verde expandiu bastante em número de empresas e empregos. Aqui gira melhor a área de serviço, tem muitas opções”, disse.
Segundo ele, é compensatório trabalhar com o transporte no campo, pois as viagens são mais curtas. Na região, os caminhoneiros precisam fazer um trajeto de cerca de 70 km entre as fazendas e os armazéns na cidade. “Hoje o preço do óleo está alto, então quanto menos precisar andar, melhor, e aqui o caminho é mais curto”, disse.
O produtor rural Flori Luiz Binotti afirmou que a fazenda possui caminhões próprios, mas a maior parte do transporte é feito por motoristas terceirizados. “Esses terceirizados vêm da cidade ou lá do Sul para trabalhar aqui. Eles fazem o carregamento na fazenda e vão até o armazém na cidade ou em outras empresas para descarregar”, explicou.
Segundo a dona de armazém Rafaela Frizzo, todos os funcionários, mesmo que sejam terceirizados, passam por treinamento antes de iniciar os trabalhos nas propriedades rurais.
Colheita avançada
A colheita da soja avança num ritmo mais acelerado do que o da safra passada. O Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) estima que já foram colhidos mais de 13% da área cultivada. O maior avanço até agora é no médio-norte do estado.
Bruno Motta, TV Centro América