O setor cultural foi um dos que mais sofreu com as restrições da pandemia. Muitas atividades foram suspensas e adiadas no decorrer destes dois anos e uma delas foi o Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense, realizado e mantido pelo Teatro Experimental de Alta Floresta, que faz parte do itinerário de festivais que acontecem no Brasil e não pôde ser realizado em 2020.
Esse ano foi adiado por duas vezes, tendo em vista o cenário crítico de contaminação da COVID-19. Contudo, com o avanço da vacinação e a redução de casos, a NONA EDICÃO SERÁ REALIZADA NESTE MÊS DE NOVEMBRO, ENTRE OS DIAS 5 A 15 DE NOVEMBRO nos municípios de Alta Floresta, Carlinda e Paranaíta, com todas as apresentações GRATUITAS.
Diferente das edições anteriores, o coordenador do Festival, Ronaldo Adriano, esclarece que nesta edição o evento será em um período mais longo e terá uma MOSTRA VIRTUAL (com espetáculos virtuais ao vivo e também espetáculos retransmitidos) e uma MOSTRA PRESENCIAL, com duas sessões de cada espetáculo que serão realizadas em sua maioria na sede do Teatro Experimental de Alta Floresta, o Espaço Cultural TEAF, considerando as medidas sanitárias e as restrições do espaço em virtude da pandemia.
Quanto a MOSTRA VIRTUAL, Ronaldo Adriano destaca empolgado que a amplitude internacional que o Festival tem alcançado, contando, em 2021, com apresentações internacionais, sendo do Grupo Yuyachkani, do Peru – um dos grupos mais importantes do mundo, com mais de 50 anos de atuação; Debora Correa, da Argentina; e do grupo Teatro O Bando, de Portugal. Além disso, apresentações dos grupos nacionais: In Próprio Coletivo, Ivan Cabral – da Cia de teatro os Satyros, Cia. Pessoal de Teatro, Grupo de Teatro Clowns de Shakespeare, Cia Solta e Teatro do Concreto.
Na MOSTRA PRESENCIAL, serão apresentados oito espetáculos em Alta Floresta, com duas apresentações cada, com a novidade de que nesta edição, serão realizadas duas apresentações em Carlinda (uma para público adulto e outra para infanto-juvenil) e duas em Paranaíta uma para público adulto e outra para infanto-juvenil, realizando um sonho antigo do TEAF, que era estender as atividades do Festival para os municípios vizinhos. Os espetáculos presenciais também contemplam diversos grupos de várias partes do Brasil, com espetáculos de Alta Floresta/MT e de grupos vindos de Cuiabá/MT, Porto Alegre/RS, Natal/RN, Brasília/DF, Belo Horizonte/MG e Francisco Morato/SP.
Além dos espetáculos teatrais, durante o Festival serão realizadas cinco Tertúlias Teatrais, que conforme explica o coordenador do evento, são “um espaço de encontros, compartilhamentos e trocas entre grupos”, momento de diálogo sobre o fazer teatral com os artistas, produtos e público que se interessa em participar, oportunizando múltiplos aprendizados e, nesse período pandêmica, oportunizando reencontros. Das cincos Tertúlias, duas delas serão virtuais e três presenciais, seguindo a lógica híbrida proposta nesta edição do Festival.
Para organização do Festival, a realização do evento é uma vitória e um ato de resistência, uma vez que, o teatro no mundo todo precisou se adaptar e se reorganizar para passar por esse período. Para esta edição do Festival, além das medidas de segurança no espaço presencial, a curadoria se ocupou em escolher espetáculos que envolvessem menor elenco, bem como, solicitando que os membros dos grupos que virão para Alta Floresta estejam vacinados ao menos com a primeira dose.
A 9ª Edição do Festival de Teatro da Amazônia Mato-grossense é uma ação realizada com recursos da Lei Aldir Blanc através do Edital nº 06/2020/SECEL/MT – Circuito de Mostras e Festivais de Cultura.
Assessoria