A Covid-19 já matou mais de 130 profissionais da rede de educação pública estadual entre junho de 2020 e maio de 2021. Os dados são do Sindicato dos Trabalhadores no Ensino Público de Mato Grosso (Sintep). Desse número, cerca de 2/3 ocorreram em 2021, com grande parte educadores da ativa.
A categoria organizou atos virtuais nesta segunda-feira (31) para pedir pela permanência do teletrabalho e para manter os alunos em casa.
Na sexta-feira (28), o governo estadual voltou atrás na decisão da retomada das aulas presenciais, marcada para começar no dia 7 de junho, e decidiu suspender o retorno das aulas na modalidade híbrida até o dia 16 de julho.
Segundo o Sintep, são cerca de 40 mil servidores na rede estadual.
“O retorno estará propiciando aglomerações, não apenas nas escolas, mas nas ruas, no transporte público, de maneira desnecessária. Se houvesse o calendário de retomada das aulas presenciais, mesmo que com 50% das turmas, os números saltariam para 250 mil pessoas. Sem considerar os pais e responsáveis que se envolvem no processo de volta às aulas presenciais”, pontuou o sindicato.
Os profissionais afirmam que só voltam às atividades presenciais com a vacina massiva dos trabalhadores da educação, estudantes e comunidade escolar.
A avaliação do Sintep foi que a grande concentração de pessoas nas unidades escolares no início do ano, as quais estão em grande parte sem infraestrutura, agravaram as notificações de contaminação.
De acordo com o secretário de Educação, Alan Porto, as aulas vão continuar na modalidade não presencial até o fim deste semestre.
A previsão é que, após o recesso escolar do meio do ano, em agosto, os alunos retornem na modalidade híbrida, quando os servidores já devem estar imunizados.
G1, MT