Trabalhadores da rede de Educação de Mato Grosso definiram que não retornarão às aulas presenciais, sem vacina e completa imunização
Ou seja, a aplicação das duas doses necessárias para garantir a proteção contra a Covid-19.
A decisão foi tomada em assembleia-geral realizada na sexta-feira (21), por meio de plataforma virtual.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep/MT), Valdeir Pereira, a deliberação da categoria foi pela continuidade das aulas remotas, em home office, rechaçando a portaria nº 333/2021 da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), que trata sobre o retorno dos trabalhos presenciais nas escolas.
“Reafirmamos a defesa pela vida e não retornaremos as atividades presenciais (aulas e trabalhos administrativos) nas unidades escolares, sem a vacinação e completa imunização dos trabalhadores da educação”, reforçou.
Os trabalhadores pedem ainda a revogação total da portaria 333/2021.
Segundo o Sintep-MT, o posicionamento dos educadores para permanência das atividades remotas foi reafirmado diante do quadro de contaminação e mortes pela Covid-19 nas diferentes regiões do Estado.
“A falta de infraestrutura e, até mesmo, de equipamentos de proteção individual (EPIs) foram reafirmados, desmentindo as propagandas do Governo”, desracou.
“Álcool gel e máscara não são suficientes”, completam.
A categoria deliberou ainda por um calendário de luta.
No dia 31 deste mês, está prevista uma nova assembleia-geral e, se necessário, com deflagração de greve, “caso o Governo insista no calendário de volta às atividades presenciais”.
Nos dias 5 e 6 de junho, o Conselho de Representantes volta a se reunir para discutir os rumos do movimento.
O Plano de retomada das atividades estabelecido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc) prevê a reabertura das escolas na modalidade híbrida (online e presencial).
Conforme definição, do dia 31 de maio a 4 de junho, será realizada a semana de acolhimento aos professores e alunos.
A partir do dia 7 de junho, iniciam-se as aulas e o revezamento entre os estudantes.
A Sdcretaria de Educação garante ainda que tem feito repasse de recursos financeiros às unidades de ensino para que fossem adotadas providências, a fim de não colocar em risco a saúde de estudantes e professores em sala de aula, sendo que as diretorias das unidades de ensino já providenciaram a compra de itens essenciais nesse momento de pandemia, como máscaras e álcool em gel.
Afirma ainda que o retorno às atividades presenciais poderá ser suspenso a qualquer momento, diante da situação epidemiológica de cada município.
Joanice de Deus – Diário de Cuiabá