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Pesquisador da Fiocruz não descarta 3ª onda da covid-19 em Mato Grosso

Com altos índices de casos, relaxamento das medidas restritivas, falta de conscientização da população com aglomerações clandestinas, vacinação a passos lento e comercio aberto, uma terceira onda da pandemia do novo coronavírus não está descartada em Mato Grosso e preocupa especialistas e pesquisadores.

Dados do boletim do observatório covid-19 da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) divulgados na última quarta-feira (12), aponta que apesar de uma ligeira redução nas taxas de mortalidade em consequência da Covid-19 nas últimas duas semanas, o número de óbitos permanece em um patamar alto no Brasil, pesquisadores mostram que há ainda uma intensa circulação do vírus, o que poderia dar oportunidade ao surgimento de novas variantes devido à intensidade da transmissão.

Segundo o pesquisador do Instituto de Comunicação e Informação Científica em Saúde da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Diego Xavier, de acordo com as pesquisas realizadas pelo Instituto, Mato Grosso foi um dos estados que mais demorou a adotar medidas de prevenção contra Covid-19, ele ainda ressalta que houve uma postura ‘negacionista’ por parte dos gestores.

“O Estado adotou um posicionamento negacionista no início da pandemia. Acreditava-se que a doença não chegaria principalmente em função das condições climáticas da região. Então, quando a doença chegou, o Estado não havia se preparado e posteriormente tentou encontrar soluções fáceis para o problema”, disse.

O pesquisador diz que para tentar frear a terceira onda da covid-19 é necessária que haja uma postura eficaz por parte da gestão pública, com investimentos em testagens, além da vacinação é importante que a população tenha em mente a situação pandêmica em o estado e o país vive.

“O sistema de saúde precisa ser mais proativo, não tem que ficar esperando a pessoa doente procurar o teste, temos que identificar, quem são essas pessoas que tiveram contato com casos positivos, testa-las e ir isolando à medida que esses casos vão sendo apresentados, senão a gente não interrompe essa cadeia de transmissão”, disse.

Ao ser questionada sobre o assunto a assessoria de imprensa da Secretária Estadual de Saúde informou que acompanha o número de casos de coronavírus e delibera as medidas de restrição por meio da Classificação de Risco, e que leva em consideração os casos confirmados de Covid-19 e a taxa de ocupação de leitos. O município que está classificado com risco baixo, moderado, alto ou muito alto para a contaminação do vírus deve seguir as orientações do Governo do Estado a fim de evitar o aumento dos casos em sua respectiva cidade e, consequentemente, no estado.

Mak Lucia – Estadão Mato Grosso

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