Morreu nesta quarta-feira, dia 21 de maio, um reeducando da Cadeia Pública de Alta Floresta com suspeita de estar infectado pela Covid-19 (novo coronavírus). O paciente foi identificado como sendo Antônio Machado de Jesus, de 76 anos de idade.
Para a reportagem do Jornal O Diário, o Secretário de Saúde Marcelo Costa informou que a coleta dos exames para a detecção da doença foi realizada e aguarda-se o resultado do exame.
“Colhemos o material como caso suspeito porque ele ficou na ala Covid, como ele ficou na ala Covid adotados o mesmo protocolo de paciente confirmado, não foi autorizado velório”, disse Marcelo, em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.
Com isso, o corpo saiu do Hospital diretamente para o cemitério, para o sepultamento. “Vamos aguardar o resultado para saber se é (covid-19) ou não”, salientou Marcelo. A reportagem tentou apurar maiores informações junto a Cadeia Pública de Alta Floresta, mas até o fechamento desta edição não tivemos nenhum retorno.
Antônio Machado de Jesus era do chamado grupo de risco para Covid 19, além da idade avançada ele tinha pré-disposição a doenças pulmonares. Ele cumpria pena na cadeia pública de Alta Floresta e poderia ser beneficiado com eventual decisão que atendesse a pedido da Defensoria Pública de Alta Floresta, que protocolou pedido no corpo de uma ação que em junho de 2019, com fundamento na superpopulação carcerária e impossibilidade física e humana de se manter com dignidade tamanha população prisional, interditou parcialmente a cadeia pública de Alta Floresta.
no dia 13 de maio, pedindo a “interdição da Cadeia Pública de Alta Floresta para entrada de novos presos”, além da realização de testes PCR, testes rápidos e testes definitivos (swab) em todos os agentes prisionais, em todos os reeducandos da cela B, e nos presos pertencentes ao grupo de risco.
A ação pediu ainda que todos os reeducandos do grupo de risco fossem colocados em prisão domiciliar e com monitoramento eletrônico.
Além de Antônio Machado de Jesus, outros 14 reeducandos poderiam ser beneficiados por eventual decisão judicial favorável ao pedido da Defensoria Pública.
Bruno Felipe / Da Reportagem