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Uniflor e UHE São Manoel promovem capacitação sobre preservação do meio ambiente para professores indígenas

Bruno Felipe / Da Reportagem

44 professores de três comunidades indígenas (Kayabi, Mundurucu e Apiacá) receberam nesta semana uma capacitação sobre a preservação do meio ambiente, com ênfase na metodologia de manejo de quelônios e conservação dos tracajás. A oficina faz parte do projeto ambiental de manejo idealizado pela UHE São Manoel, visando a recuperação do meio ambiente. O projeto é feito em parceria com a Uniflor de Alta Floresta que cedeu todo o espaço e logística administrativa para a formação dos professores. Durante a semana, além do aprendizado sobre a conservação dos quelônios, os professores também tiveram a oportunidade de aprender sobre outras formas de conservar o meio ambiente dentro das comunidades indígenas, como a preservação da água e solo, bem como o descarte correto do lixo.

Os ensinamentos estão sendo repassados através da empresa construtora de meio ambiente ‘Naturae’, que ganhou a licitação para fazer o trabalho de formação. Para isso, foram designados quatro palestrantes da empresa. Um deles é o responsável técnico pelo trabalho de educação ambiental Vitor Hugo Cantarelli. Segundo ele, a formação surgiu em função da demanda dos próprios indígenas, pois sempre houve o consumo dos quelônios, mas nunca o manejo, e isso colaborou para o índice das espécies estarem diminuindo. “Você tem que mudar um comportamento ou então pelo menos ‘abrir a cabeça deles’ que se eles não fizeram alguma coisa, simplesmente irão perder esse recurso alimentar; estamos trabalhando estas técnicas para que eles aprendam a fazer e passe a se preocupar e discutir sobre o assunto”, disse Vitor em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.

Em uma roda de conversa, os professores indígenas salientaram que a experiência está sendo diferente e muito proveitosa, uma vez que os ensinamentos poderão ser repassados para toda a comunidade. “Para mim é uma nova experiência; é muito importante porque pretendemos trabalhar esse projeto dentro da nossa comunidade; a gente pode ver que o tracajá diminuiu bastante e a gente está tentando fazer um projeto para tentar preservar ainda mais ele”, disse o professor indígena Arlindo em entrevista ao Jornal O Diário.

O professor indígena Fabiano Rocha ressaltou que apesar de ser um trabalho de recuperação, é preciso avançar ainda mais para a preservação do meio ambiente. “É um programa de mitigação de impacto, poderia ser uma outra oportunidade da Usina Hidrelétrica está propondo esse momento, a gente poderia estar avançando, mas a gente está lutando para conservar; está sendo muito proveitoso”, afirmou o professor em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.

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