Bruno Felipe / Da Reportagem
Os profissionais da educação estão articulando uma greve nacional unificada contra a reforma da previdência que está prevista para ser deflagrada no próximo dia 15 de maio. Se o Congresso Nacional aprovar o texto da Proposta de Emenda Constitucional (PEC 06/2019), a obrigatoriedade da idade mínima para o acesso à aposentadoria será de 65 anos para os homens e 62 anos para as mulheres.
De acordo com o Sintep, com exceção dos militares, todos os trabalhadores, sejam do campo ou da cidade, além dos servidores públicos de todas as esferas (municipais, estaduais e federais) serão atingidos pela reforma e terão de trabalhar mais para ganhar menos na aposentadoria. Segundo a presidente da Subsede do Sintep em Alta Floresta, Ilmarli Teixeira, as trabalhadoras mulheres serão especialmente prejudicadas pelo projeto; a proposta simplesmente exclui as aposentadorias especificas e não respeita o fato de que algumas profissões são essencialmente penosas e desgastantes.
Uma assembleia geral foi realizada na tarde de ontem (07/05), na Subsede do Sintep/AF e contou com a participação em massa dos profissionais da educação, bem como de alguns estudantes e também do ex-presidente do Sintep-MT e atual Secretário das Redes Municipais Henrique Lopes. Segundo Henrique, além da reforma da previdência, durante a paralisação do dia 15, os profissionais estarão articulando outras pautas relacionadas ao pacote de medidas que reduz os direitos dos trabalhadores aprovado pelo Governo do Estado e assim podendo, no mês de junho, ser deflagrada uma greve com prazo indeterminado caso o governo mantenha as decisões.
Além da negação do direito da RGA, o Governo não deu indicativo para a questão da política da dobra do poder de compra aos servidores. “A gente quer sempre trabalhar com o diálogo, mas a dobra do poder de compra é um direito dos trabalhadores conquistado com 67 dias de greve em 2013, o estado de Mato Grosso tem condições de honrar esses compromissos, porque um governo que resolve abrir mão de R$3,4 Bilhões de incentivo fiscais não pode dizer que está em crise; é preciso que o governo saiba o que é prioridade”, disse Henrique em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.
Ilmarli ressaltou que o sindicato irá construir juntamente com outras categorias e movimentos, um ato público em frente à Câmara dos Vereadores e uma caminhada com distribuição de panfletos para o dia 15 de maio, com concentração a partir das 07h30, “mostrando a sociedade de fato que a luta é pela garantia e manutenção de direitos e é dizer NÃO a reforma da previdência, pois somos nós os maiores penalizados”, disse ela em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.