Na última semana, parlamentares criticaram com severidade a medida (em estudo) e chegaram a citar que 20 cidades de Mato Grosso, além de um distrito, podem ser prejudicadas caso a adminstração pública vete o funcionamento das unidades.
Para o deputado e também delegado da Polícia Cívil, Claudinei Lopes (PSL), com o fechamento das unidades, a população será prejudicada. O parlamentar requereu uma audiência pública para debater o assunto. Na tribuna da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, ele chegou a ponderar que a Polícia Militar de Ponte Branca, em caso de flagrante, terá de percorrer cem quilômetros para se deslocar até a cidade de Alto Araguaia, que terá a unidade policial mais próxima. Na prática, serão duzentos quilômetros a serem percorridos. Ele avalia que o tempo necessário para o deslocamento, além do tempo em que a equipe será impedida de realizar o trabalho preventivo.
Ao Olhar Direto, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes após saber das críticas ao estudo, disparou: “são brincadeiras de faz de conta”.
“Mas é uma questão de eficiência porque existiam delegacias que estavam em cidades que não têm juiz, não têm promotor, em cidades que tinham uma estrutura muito precária. O que se tinha era um imóvel alugado com dois ou três funcionários, era uma brincadeira de faz de conta. Então a gente tem que parar com essas brincadeiras de faz de conta. Têm delegacias que durante um ano foi feito um inquérito. É uma questão de economicidade, de lógica. O estudo feito pelo comando da Polícia Civil detectou que nós prestaríamos um melhor serviço com essas reduções. Aquilo não era delegacia, era brincadeira de faz de conta”, rebateu.
Estudo
Segundo o Sindicato dos Investigadores de Polícia (Sinpol), as cidades em situação mais crítica são Alto Araguaia, Nova Marilândia, Santo Afonso e São José do Povo, onde há apenas um efetivo atuando. O levantamento foi realizado em 2018; em outras unidades, foi constatado que apenas dois ou três efetivos. (Fonte – Olhar Direto)