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‘Educação Alimentar’: Alunos da APAE de Alta Floresta aprendem jardinagem em projeto de horta totalmente adaptada

Bruno Felipe / Da Reportagem

A Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Alta Floresta, montou em parceria com a Usina Hidrelétrica Teles Pires, uma horta totalmente adequada e adaptada para os alunos atendidos pela instituição. O projeto foi pensado para que todos os alunos tenham acesso, inclusive os cadeirantes. Por conta disso, a UHE/TP doou 06 cochos (vasilha onde comem animais como bois e cavalos) que foram adaptados para servir de suporte para a terra, o adubo e as verduras e leguminosas. “Assim os cadeirantes têm acesso aos canteiros e eles podem contribuir, ajudar nos cuidados com as verduras e legumes, além de estarem envolvidos com os demais alunos”, explicou a diretora da instituição Adriana Moura, em entrevista para a reportagem do Jornal O Diário.

Conforme ela salientou, o objetivo do projeto em primeiro lugar foi para melhorar a alimentação escolar, além disso, também melhorar o bem-estar dos alunos. Segundo ela o projeto é uma forma de terapia para os excepcionais, pois ela tem visto que desde o início os alunos chegam animados e querendo pegar as ferramentas de imediato já para saber o que é para se fazer. Adriana disse que a Usina além de contribuir com os seis cochos, ajudou também com os materiais em geral. Vale ressaltar que a terra utilizada atualmente foi doada pela Secretaria de Infraestrutura.

Lembrando que só podem trabalhar na horta os alunos que participam do EJA (Educação Jovens e Adultos) e os que fazem parte do ‘Projeto Horticultura’; ao todo são 25 alunos de 18 a 50 anos e as atividades são divididas em dois períodos. Toda a ação é acompanhada pelos profissionais da instituição, incluindo a professora graduada em Biologia e pós graduada em educação especial Marlise Ugolini. Ela disse que os alunos já plantaram couve, cebolinha, salsa, alface, rúcula, tomate, almeirão, pimentão, pepino, abobora, jiló, gengibre, mandioca, abacaxi, quiabo e berinjela. Além disso, o projeto inclui um pequeno pomar onde já foi plantado limão, poncã, laranja, mamão, banana, acerola e cupuaçu. “Trabalhar na terra é um meio de ocupação, um meio deles aprenderem um pouco mais, desenvolver destrezas e coordenação motora, principalmente os cadeirantes que tem um pouco mais de limitação”, disse Marlise em entrevista ao Jornal O Diário.

A diretora Adriana ressaltou que como a maioria não possui alfabetização, foi colocado algumas plaquinhas de identificação com a foto e o nome próximo à hortaliça que irá crescer. “E também eles podem estar trabalhando cores, quantidade, vitaminas, isso tudo entra no projeto”, salientou Adriana.

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