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“Que País é Esse? ” Artista que trabalhou no carnaval de 2017 ainda não recebeu

No carnaval de 2017 o artista plástico, pintor e grafiteiro Luiz Eduardo Silva Vieira prestou serviços para a Prefeitura Municipal, ocorre que, até o presente momento o artista se quer viu a cor do dinheiro que haviam lhe prometido.

Em entrevista exclusiva ao Jornal O Diário, Eduardo disse que foi chamado pela então responsável pela pasta da cultura Flávia Bulhão e segundo ele, um acordo foi firmado para que ele trabalhasse na decoração do evento e assim que o repasse do Governo viesse para o município uma parcela seria entregue a ele como pagamento. Mas, conforme Eduardo explicou para a reportagem, ele tem conhecimento de que o dinheiro chegou mas ainda não recebeu.

Eduardo ressaltou que entrou em contato com outros artistas que trabalharam junto com ele no dia do evento e a maioria afirmou que recebeu o pagamento, ou seja, somente ele não foi pago.

Eduardo é morador de Alta Floresta há cerca de 20 anos e nesse período trabalhou como professor de arte em um projeto chamado ‘Mais Educação’ levando arte para as crianças estudantes da rede municipal de ensino, além disso, já atuou durante 3 anos também como professor na escola de artes ‘Agape’.

Após prestar os serviços durante o carnaval, Eduardo viajou para o estado do Pará e voltou ao município após 9 meses. Quando retornou o pagamento ainda não havia sido feito e então decidiu procurar Bulhão. No encontro, ela teria dito que não havia se esquecido dele, mas que o valor ainda não havia sido repassado.

Em contato com a Prefeita Interina Marineia Munhoz, Eduardo informou sobre o débito em aberto e então recebeu a notícia que a prefeitura iria realizar o pagamento, mas primeiro o artista deveria procurar Flávia e posteriormente o atual Secretário de Cultura Zamir Mendes. Ele então voltou a procura-la, mas dessa vez segundo ele, Flavia o ignorou por completo, o artista chegou até a contactá-la por mensagens via whatsapp, mas as mensagens foram visualizadas e não respondidas.

Procurado por Eduardo, o secretário Zamir disse que iria entrar em contato com Bulhão para ver o que poderia ser feito. Recentemente Eduardo tornou a falar com o secretário para saber se houve alguma resposta, mas o artista foi aconselhado a produzir uma papelada dos serviços que foram prestados no dia do evento para que o pagamento possa ser efetuado. Prontamente o artista fez a documentação necessária e entregou para a secretaria.

Até o último contato, os responsáveis da cultura disseram que iriam persistir no contato com Flávia para que ela arque com o custeio. Enquanto isso, Eduardo aguarda o montante sem perspectivas de quando sairá o pagamento. “Estou cobrando a cultura, estou cobrando um secretário que não foi com ele que combinei, foi com a Flávia, então a minha cobrança está lá para ver se eles me pagam; eles estão pagando uma coisa que não foi eles, mas tem como justificar com palavras e com testemunhas que eu fiz o trabalho”, disse Eduardo em entrevista ao Jornal O Diário.

Em resposta sobre onde poderia estar a parcela do repasse que seria o seu pagamento, Eduardo citou apenas a música “Que país é esse?” de Renato Russo.

Outro lado –  Para a reportagem, a ex-superintendente de cultura limitou-se a dizer que o Estado não repassou o recurso, sem explicar, por exemplo, porque alguns contratados receberam e outros não.

Um dos grafites feitos por Eduardo no muro localizado na Praça Cívica

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