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‘Animais terapeutas’ são usados há anos para ajudar no desenvolvimento de pessoas com deficiência

 

Bruno Felipe / Da Reportagem

O uso de animais como coadjuvantes no tratamento de doenças teve seus primeiros registros ainda em 1792, no Retiro York, um centro clínico para pessoas com problemas mentais, existente até hoje na Inglaterra. Porém, investigações científicas sobre os benefícios da convivência com os animais iniciaram-se apenas na década de 1960, com o psiquiatra infantil Boris Levinson; o psiquiatra apontou que o cachorro responde ao contato afetivo da criança, proporcionando uma interação psicodinâmica e complexa, favorecendo o desenvolvimento da empatia, da autoestima, do autocontrole e da autonomia em crianças, bem como a diminuição da solidão em idosos.

A identidade do Projeto Pet Terapia de Alta Floresta foi criada em parceria com Secretaria de Agricultura, Clínica Veterinária Animed e colaboradores da APAE. A Animed, por meio dos veterinários Luiz de Queiroz e Diego de Souza, disponibiliza uma vez por semana, no período matutino, os animais e o transporte dos mesmos a serem utilizados na terapia. Os colaboradores e profissionais da APAE entram com toda a assistência necessária para que a pet terapia traga benefícios e melhoras aos pacientes. Cada um dos pacientes possui a indicação de atividades a serem realizadas conforme Termo de Cooperação Técnica firmado entre a equipe da APAE – Alta Floresta.

Atualmente, a Pet Terapia conta com cinco co-terapeutas: Simba, Nala, (raça Shih-tzu) Meg (raça Labrador), Pig (raça Pug) e Dalila (raça Golden Retriver), cães de raça específicas, dóceis, vacinados e em bom estado de saúde, cedidos pelos proprietários da veterinária para as sessões. Os cães do projeto possuem adestramento básico de obediência.

As atividades podem ser combinadas, como realizar caminhadas por garrafas pet coloridas e/ou numeradas, incentivando o assistido a falar as cores/números (nível educacional/ fonoaudiologia) ao mesmo tempo em que realiza a caminhada (nível físico/fisioterapia).

Em conjunto com as atividades específicas de cada assistido, são trabalhadas questões referentes aos cuidados com os animais domésticos, como alimentação, saúde e higiene, procurando associar os cuidados dos animais com os cuidados dos humanos “Pode-se dizer que o Pet Terapia em Alta Floresta está tendo um bom desenvolvimento neste primeiro ano de atuação e deve continuar a progredir, trabalhando em parceria e trabalho em conjunto, em prol do próximo, utilizando a Terapia Assistida por Animais (TAA)”, disse Luiz Queiroz.

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