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Vereadores questionam processo de licitação de mais de 10,5 milhões em sessão ordinária desta terça

Bruno Felipe

A vereadora Elisa Gomes (PDT), em seu pronunciamento na Tribuna da Câmara Municipal durante sessão ordinária desta terça-feira 22, apresentou um levantamento sobre o processo de licitação 018/2018 do Executivo Municipal, que trata do registro de preço para fatura e eventual aquisição de materiais de construção para a pavimentação asfáltica, operação tapa buraco, recapeamento, lama asfáltica, micropavimento, aduelas de concreto, pontes de concretos, bueiros de concreto, base de concreto e construção de meio fio, sarjetas e calçadas de concreto de Alta Floresta. Esta licitação tem o valor total de R$ 10.827.657,30, que acontecerá no dia 05/06/2018.

Conforme a vereadora explicou para a reportagem do Jornal O Diário, precisa ser revisto o valor de referência de cada produto da licitação e além disso, com uma quantidade expressiva de produtos, o valor total deveria ser menor que o valor de mercado. “Nos chama atenção e nos deixa extremamente preocupados é com os valores de referências dos produtos que estão sendo licitados. Por exemplo: o preço do cimento, o valor de referência é R$ 32,97 e serão licitados 5.000 sacos de 50KG, está muito acima do valor de mercado que está em torno de R$25,80. Já o cimento de secagem rápida o valor de referência é de R$ 42,65, no valor de mercado é de R$ 27,80 e também serão licitados 5.000 sacos”, disse a vereadora.

Na mesma licitação pode-se encontrar diversos produtos, dentre eles estão 14 mil quilos de pregos, com valor de referência a R$12,41, totalizando uma compra de R$173.740,00. “Então tem uma série de itens que eu como leiga, acho que não estaria dentro desse processo licitatório”, frisou Elisa em entrevista ao Jornal O Diário. A legisladora está estudando a apresentação de um Projeto de Lei, para que uma equipe de funcionários efetivos da prefeitura acompanhe o recebimento do material licitado e a entrega em seus devidos lugares, passando um relatório por escrito, para que assim possa haver a confirmação da entrega e onde serão utilizados.

Em sua fala na tribuna, o vereador Dida Pires (PPS) requereu a realização de “uma auditoria” para que seja verificado em detalhes o edital da Prefeitura Municipal afim de evitar possíveis fraudes “Nós temos que acompanhar e fiscalizar o preço justo, nós queremos que o nosso mercado, o nosso comércio, não importa quem é que seja, que vende para a prefeitura, que preste o seu serviço, mas um valor real de mercado, mas não numa coisa absurda”, disse Dida em entrevista ao Jornal O Diário.

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