Ontem foi um dia consagrado à comemoração ao “Dia Nacional do Circo e Dia Mundial do Teatro”.
A data foi lembrada durante o pronunciamento da vereadora Elisa Gomes Machado que cobrou que haja respeito aos artistas do teatro (Alta Floresta tem forte influência nesta área há vários anos) e também há artistas de outras áreas. A fala, claramente teve uma condição de apoio ao artista plástico Paulo Roberto Paulinho que teve uma obra sua coberta de tinta branca por decisão “unilateral” da secretária adjunta de Cultura Flávia Bulhão.
Na semana passada, assim que descobriu o que foi feito como o nome de Alta Floresta, que por sua decisão tinha ganho os contornos artísticos de Paulo Roberto Paulinho, o prefeito Asiel Bezerra acompanhado de outros dois secretários foi até o prédio aonde funciona a Cultura para saber de quem havia partido a ordem para apagar na obra. A sub Bulhão teria dito, segundo interlocutores informaram à essa coluna, que três vereadores teriam feito o pedido e ela teria atendido, sem informar quem são os vereadores que, em tese, agiram contra a cultura de Alta Floresta, assim como ela, que deveria defender a cultura e não “jogar contra”.
A resposta do prefeito foi o que se pode extrair de melhor da conversa, “você trabalha para quem, para a prefeitura ou para os vereadores?, se vira com o Paulinho aí”, afirmou, o artista acompanhava o diálogo atentamente e chegou a perguntar a um dos integrantes da reunião se poderia registrar um B.O (Boletim de Ocorrências) contra o que classificou como um crime contra o patrimônio público.
Ficou claro que o prefeito não concordou com a forma agressiva com que Flávia Bulhão tratou o artista plástico, ao apagar a sua arte, tanto que lembrou até mesmo do valor que o município pagou pela obra de arte.
Eu fico contente com parte da atitude do prefeito, de cobrar uma postura e coisa e tal, mas nada disso irá apagar a agressão sofrida pelo artista altaflorestense. Neste caso, o mínimo que o prefeito deveria fazer era exonerar a vice-sub, para que outros setores da cultura não venham a ser prejudicados por suas ações impensadas (ou pensadas com o fígado, vá saber)
Também durante o dia de ontem, tivemos vários contatos de leitores do Tiro e Queda que se posicionaram favoráveis ao artista plástico. Num dos casos, a vice-sub Bulhão é acusada de ter “escondido” a Miss para que alguns órgãos de imprensa não entrevistassem-na, curiosamente, porque ela não gosta de quem faz os programas (e olha que não é ninguém aqui do O Diário).
Então, apenas como sugestão, segue aí uma dica ao prefeito Asiel Bezerra que se afasta para tratamento de saúde na próxima segunda-feira: DÊ DE PRESENTE AO SETOR CULTURAL A EXONERAÇÃO DESTA VICE-SUB BULHÃO. O senhor será lembrado como o prefeito que protegeu a cultura de garras nefastas e raivosas. Seria uma “saída de mestre”.