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Mãe alega que teve bebê trocado na maternidade do Regional e espera há três meses posicionamento da Justiça

Da Reportagem

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Uma jovem mãe, F.M.G., 24 anos, revelou publicamente, no último dia 07 de janeiro, através de sua página pessoal na rede de relacionamento Facebook, uma experiência pela qual está passando e que envolve duas famílias, uma provável “troca de bebês” na maternidade de um hospital em Alta Floresta. Na postagem, não é citado o nome do hospital, mas para a reportagem do Jornal O Diário, a jovem mãe revelou se tratar do Hospital Regional Albert Sabin. Nós entramos em contato, via telefone, com o diretor geral do HRAS, José Marcos da Silva, que confirmou conhecer a história, mas alegou não poder dar declarações já que há um processo judicial e que este corre em sigilo. Ainda assim, José Marcos disse achar difícil que tenha havido a troca, uma vez que os procedimentos realizados na maternidade “são muito seguros”. A mãe entrou na Justiça pedindo que seja realizado um exame de DNA para confirmar, ou afastar a suspeita. Mas até que a Justiça se posicione, as duas famílias estão vivendo um drama, digno de um filme hollywoodiano.

Entenda o caso, a partir da publicação da mãe pelo FB e com detalhes relatados à reportagem do Jornal O Diário.

No dia 07 de janeiro, às 14:05h, F.M.B., publicou a sua história “desde o parto”, que começou 45 horas após muitas contrações e dores. No dia 20 de maio de 2017, às 20:46h, ela teve seu filho, só que, por complicações no parto, não teve a oportunidade de imediatamente ver o recém nascido.

20 minutos após, às 21:06h, outra mãe (não tivemos contato com a outra família) também teve um bebê, ambos do sexo masculino.

No FB, a mãe relata que passou mal após o parto e teve que retornar à sala de cirurgia. Sem entrar em detalhes, revelou ter ficado lá por 40 minutos. “Foi ai onde tudo começou, durante esse tempo de minha ausência, felizmente o destino de (identifica as crianças) foram trocados na maternidade após nascidos”, explica.

Na postagem, a mãe faz um “salto no tempo”, revelando que no dia 03 de outubro, cinco meses após, teve o que chamou de “primeiro encontro com meu filho biológico, sem sabermos de nada sem combinar nada tanto eu como a outra mãe, fomos colocadas frente a frente pelos propósitos e destino de DEUS, e ali onde tudo começou a minha luta a minha batalha”, explica, relatando um momento em que foi até o Posto de Saúde para um retorno de rotina e a outra mãe também estava lá, ambas conversaram e o que era uma desconfiança, começou a ganhar outros contornos. “Nesse dia me lembro que chorei muito mas muito mesmo, pois não vou negar que no princípio eu não quis acreditar nessa possibilidade de trocas de bebês de maneira nenhuma, mas como a dúvida veio e falou mais alto, fui atrás buscar respostas”, afirmou.

F.M.B, então fez um exame de DNA dela e da criança que estava em seu poder e o resultado, explica, deu negativo. Sem alardear, ela procurou suporte da Defensoria, no mês de novembro de 2017, após a chegada do resultado do exame, no entanto preferiu entrar com um advogado particular para pedir que fosse desfeita a troca. A ação foi distribuída em dezembro e está sob segredo de justiça. Cansada de esperar uma decisão, a mãe resolveu expor sua história através das mídias sociais, “só que o que me ira é essa justiça lenta, que acho que pensam que esse caso não é de urgência, mas é, porque só quem está passando ou já passou por essa experiência triste e trágica sabe o quanto a cada dia que se passa doí mais e mais tanto no coração como na mente da gente e da nossa família”, desabafou, “lógico que Amo os dois filhos como ninguém, como diz coração de mãe sempre cabe mais um, só que minha maior vontade é ter meu filho biológico de volta em meus braços o mais rápido possível. Pois após a descoberta da verdade já se passaram mais de 3 meses, e nada de darem alguma resposta concreta e decidida para acabar com esse sofrimento”, afirma.

A reportagem do Jornal O Diário conversou com o advogado Lucas Barella, representante de F.M.B, que confirmou a existência da ação, mas, por dever de ofício, não pode dar detalhes por se tratar de processo sob segredo de justiça. O processo está sob os cuidados da juíza Janaina Rebucci Dezanetti.

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