Integrantes da comunidade escolar da comunidade Orolanda, na região da Pista do Cabeça, 75 km de Alta Floresta, vieram à cidade nesta terça-feira, 21, para reclamar da suspensão do transporte escolar pela empresa terceirizada Reobote. A decisão da empresa atingiu as 9 linhas na zona rural, que são atendidas pela empresa e os “passes escolares” para os alunos da zona urbana. No mês de agosto passado o prefeito Alta Floresta, Asiel Bezerra de Araújo determinou a realização de auditoria no contrato 006/2017, que tem como detentora a empresa Reobote Transportes e Turismo Ltda. O serviço sofreu denúncia ao Ministério Público de superfaturamento e sobrepreço.
Segundo a professora Margareth Gomes Ferreira, diretora da Escola Boa Esperança, na Orolanda, a suspensão do transporte escolar atingiu em cheio à escola, que atende alunos que moram num raio de 120 km. As aulas não chegaram a ser suspensas e uma das explicações é que a maioria dos professores da Escola Boa Esperança são contratados e os contratos vencem no dia 20 de dezembro. “Não adianta suspender aulas, porque depois não temos como repor”, explicou a professora que ainda cutucou, “se estamos com problema para transportar alunos agora, imagine se tiver que fazer reposição”.
Foi agendada para as 14 horas uma reunião entre a Secretária Iunar Portão e os pais de alunos que vieram da Pista para demonstrar sua insatisfação com o problema.
No final da manhã, uma reunião na prefeitura, com o responsável pela empresa “selou” um acordo para que o transporte seja retomado a partir de hoje. A Secretária de educação Iunar Portão explicou que o que resultou em atrasos por parte da prefeitura é a inconstância nos repasses do Estado, mas que houve repasse na última sexta-feira, 17 e o pagamento será providenciado até a próxima sexta-feira, 24. “Nós recebemos um repasse do transporte escolar/Fethab, foi do governo do estado para o município, no valor de R$ 244 mil e com este repasse nós estamos eliminando R$ 155 mil até sexta-feira pro transporte escolar e também mais 19 mil dos passes escolares pra que ele entre num acordo com o município e retome as atividades normais dos ônibus escolares”, afirmou.
A secretária reclamou que o grande problema do município em cumprir com os compromissos em relação ao transporte escolar é o atraso constante nos repasses de verbas pelo governo do estado. “O estado esteve atrasado sim, não há como negar este atraso, nós temos o Fethab que está em atraso faz quatro meses e agora nós recebemos todo o montante de quatro meses, na sexta-feira e o transporte escolar, o normal, que ele repassa todo o dia 20 nós estamos recebendo à cada dois meses de atraso, mas ele normalizou, acredito que o estado venha normalizando toda essa situação até agora porque até então, acredito eu que os recursos que ele receba também venha facilitando pro final do ano, ele consiga normalizar, mas que esteve atrasado é inegável”, previu.