Assessoria PMAF
Uma empresa paulista, sediada em Araraquara, que atua no segmento de ciências agrícolas, que engloba a indústria e comércio de produtos químicos para nutrição e proteção de plantas, estuda a implantação de uma unidade em Alta Floresta. Representantes da empresa já fizeram visitas ao município e discutem a ocupação de uma área que no passado serviu para o desenvolvimento de agentes de controle biológico de pastagens.
Na última semana, o engenheiro agrônomo Marcos Cesar Costa, um dos diretores da Geoclean, se reuniu com representantes da Fundação Agroambiental da Amazônia, das Secretarias de Governo, Desenvolvimento e de Agricultura do município e com o prefeito Asiel Bezerra, para discutir a possibilidade de ocupação do terreno, localizado na Comunidade Ouro Verde, para servir como base nas pesquisas desenvolvidas pela empresa. Segundo Marcos, a preocupação da Geoclean é levar ao campo os melhores produtos, respeitando o meio-ambiente e investindo em novas tecnologias.
“O nosso objetivo é a produção de produtos químicos e biológicos voltados para a agricultura”, destacou o agrônomo, citando que Alta Floresta chamou a atenção pela pujança, com a presença da Floresta Amazônica, com uma infinidade de recursos naturais e micro-organismos que podem proteger a agricultura. “Aliado a isso, o próprio desenvolvimento agrícola na região, com a chegada da lavoura da soja e outras culturas que virão, e começa a se tornar um centro importante”, assinalou.
Marcos visitou diversas localidades e comentou que o espaço onde a Funam desenvolveu estudos e a criação do fungo Metarhizium anisopliae, usado no controle de pragas que atacam pastagens, é ideal para o desenvolvimento de pesquisas com o mesmo objetivo. “Achamos que existe um ambiente propício pra gente iniciar as nossas atividades, principalmente a produção de produtos biológicos para proteção de plantas na região”, explicou o agrônomo, reconhecendo a necessidade de investimentos na adequação da estrutura física.
Representante da Funam, o engenheiro agrônomo Zacarias Marques disse ter ficado satisfeito com o interesse da empresa paulista em desenvolver pesquisas para controle biológico de plantas na região. Zacarias explicou que a Fundação Agroambienal da Amazônia está encerrando suas atividades em razão da morte súbita das pastagens, doença que castigou e dizimou boa parte das pastagens brachiaria na região. “Muitos produtores mudaram pra outro tipo de capim e o carro-chefe da Funam era a produção de fungo Metarhizium que controlava a cigarrinha do pasto. Como mudou a pastagem, diminuiu a cigarrinha, caindo a demanda pelo fungo. Então a Funam ficou desativada”, observou, lembrando que o objetivo da Geoclean vai de encontro ao objetivo da entidade, que dissolvida deve retornar o patrimônio à Prefeitura. Zacarias acredita que a estrutura sendo repassado à empresa vai dar novo ânimo no meio rural, mantendo pesquisas de agentes de controle biológico e gerando empregos para o desenvolvimento de suas atividades.
Conforme o secretário de Agricultura, Altamir Feliciano Pereira, o município estuda como fazer a cessão da área e destaca a importância que a instalação da indústria paulista representa para o setor agrícola. Altamir lembra que desde o momento em que a Funam manifestou desejo de abrir mão da área o prefeito Asiel assinalava que o objetivo era fazer com que pesquisas continuassem sendo desenvolvidas no local, atendendo demandas existentes no setor agropecuário regional. “Isso, da tratativa para a vinda da empresa, não é de agora, ela não caiu de paraquedas, o prefeito já vem conversando sobre isso desde o ano passado”, revelou, citando que o projeto de pesquisa de biocontrole vai envolver também estudantes de agronomia. “Vai gerar emprego e tecnologia para nossa região. Isso é muito bom. Agricultura agradece, a pecuária agradece. A economia e a parte social também agradecem pelo que isso vai representar futuramente”, enalteceu Altamir, destacando o empenho do prefeito em buscar soluções que atendam a coletividade.