Ontem iniciou o processo de atribuição de aulas na rede municipal de educação, e a atividade que era para acontecer sem nenhum problema acabou gerando polêmica, justamente com o quadro de funcionários da Apae.
Segundo Marcelo Weber dos Santos, vice presidente da Apae, o problema todo se deu porque as vagas que deveriam beneficiar a escola Vovó Alice, que atende cerca de 100 alunos portadores de necessidades especiais, não foram apresentadas na atribuição.
Marcelo afirma e até apresentou foto em que as vagas estão previstas e estariam no mural na Secretaria de educação, só que no local a atribuição, escola Benjamim Padoa, não estavam.
O diretor da entidade explicou que a prefeitura, há vários anos, absorve o custo com os profissionais que lecionam na escola, num total de 11 pessoas (três professores e o restante em outras áreas, como técnico, limpeza, dentre outras).
No entanto a secretária, a quem fiz questão de contactar para perguntar sobre o problema, afirma que o único compromisso da prefeitura é com a direção e com um apoio técnico e logístico com o combustível de um dos ônibus que fazem o transporte dos alunos.
Informei à Iunar Portão, a secretária, que os integrantes da Apae possuíam uma foto do edital com as vagas previstas para a escola da entidade, e que estaria afixada na parede da própria secretaria, e ela chegou a usar a palavra “pressão” que que integrantes de uma Comissão que trabalhou com as vagas teria sofrido para por, mas que no edital das vagas não havia previsão para a Apae por se tratar de uma entidade “particular” com CNPJ próprio. Ao tomar ciência de que havia o tal documento no átrio da secretaria, Iunar teria pedido para que fosse retirada.
Segundo a secretária, a diretora da escola da Apae, que teve aulas atribuídas em outra instituição de ensino, terá sua atuação remanejada para a escola e que até já teria solicitado o procedimento, o mesmo deve acontecer com um cargo técnico ainda no dia de hoje.
Dados os dois posicionamentos, há alguns desencontros nas duas falas.
Segundo Marcelo, a prefeitura é responsável por 11 funcionários da Escola, fato que pode ser comprovado por um simples manuseio da folha de pagamento.
No entanto a secretária fala em dois funcionários, a diretora e um cargo técnico, além do combustível para um dos ônibus.
O edital, previa ou não previa as vagas para a escola? A secretária diz que não, a Apae apresenta uma foto das vagas que foram expostas no átrio da própria Secretaria. Se estava no átrio, legalmente é forma de publicação, simples assim.
E pra piorar, este não é o primeiro embate entre a diretoria da Apae e a Secretária Iunar Portão, há cerca de 15 dias a secretaria teria decidido pela quebra do contrato da atual diretora, para a colocação de outra pessoa. Houve a necessidade da intermediação do chefe de Gabinete para que os ânimos se acalmassem, não houve mudança… de repente… tudo de novo…
Só para constar, o caso todo já foi comunicado na forma de denúncias, à Promotoria de Justiça.