O secretário de Segurança Pública de Mato Grosso, Rogers Jarbas, confirmou nesta terça-feira (31) o registro de 9 mortes em 24 horas em Sinop, a 503 km de Cuiabá, sendo que sete delas durante a noite passada. Devido à violência nessa cidade, o secretário disse ter determinado a realização de uma força-tarefa composta por representantes das instituições de segurança e policiais de outros municípios.
Segundo ele, a Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Politec [Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) estão atuando na força-tarefa, dando suporte ao comando regional.
“A finalidade é controlar a situação em Sinop e entender o que ocorreu lá, entender a motivação das mortes, apurar com imparcialidade tudo que aconteceu, desde a morte do policial militar até a última pessoa que foi alvejada e morta lá”, afirmou o secretário. O policial citado por ele é o soldado da PM, Fábio Zampirão, assassinado dentro de casa, no Residencial Florença, nesta segunda-feira (30).
Após a morte do policial, a polícia começou as buscas pelos suspeitos do crime e, em um confronto, um dos suspeitos foi morto. “Queremos quer todos os fatos sejam apurados, independentemente de quem tenha cometido”, afirmou o secretário ao G1.
Jarbas afirmou que, ainda na segunda-feira, diante do assassinato do PM o secretário-adjunto de Integração Operacional, coronel Marcos Vieira Cunha, e representantes da Polícia Militar e da Polícia Civil foram para Sinop acompanhar de perto o caso e dar apoio à família da vítima. “Ele [policial] era uma pessoa íntegra e pai de família. Isso causou comoção social e por determinei a ida imediata deles”, pontuou.
A informação levantada até o momento, de acordo com o secretário, é que muitas mortes têm relação com o tráfico de drogas. “Essa é uma hipótese investigativa, mas estamos com toda a equipe atuando lá. Fortalecemos as atividades de segurança para tranquilizar os moradores após uma noite atípica”, disse.
À polícia, a mulher do policial disse que ao se aproximarem da residência um dos criminosos gritou: “É polícia, atira, atira”, e, em seguida, dispararam vários tiros contra o policial, o acertando nas costas. Ainda não há confirmação da prisão do segundo suspeito de participar da morte.