Cento e noventa e três pessoas que teriam cometido crimes eleitorais, sendo 37 candidatos, foram detidas e conduzidas às delegacias da Polícia Civil e da Polícia Federal durante as eleições municipais deste domingo, 2, em Mato Grosso. O balanço final foi divulgado pela Secretaria de Segurança Pública (Sesp) nesta segunda-feira, 3. De acordo com a Sesp, do total, 113 acabaram autuados e presos em flagrante por ocorrências como prática de boca de urna, transporte ilegal de eleitores e compra de votos.
Outros 80 suspeitos assinaram um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) e foram liberados. Não houve registro de casos graves.
Do total de candidatos conduzidos, 19 foram presos em flagrante em 12 cidades mato-grossenses. O município com o maior número de candidatos presos foi Campo Novo do Parecis, a 397 km de Cuiabá, com cinco casos.
Considerando-se apenas as ocorrências envolvendo candidatos, a prática de boca de urna (16 casos) e a compra de votos (sete casos) foram as mais frequentes. Em relação aos casos de eleitores detidos, a Sesp registrou crimes de boca de urna (54 casos), a divulgação irregular de propaganda (13 casos) e a compra de votos (11 casos).
O balanço considerou os números registrados pela Polícia Federal em suas seis delegacias e na superintendência em Cuiabá, além dos dados consolidados pelas delegacias da Polícia Civil em todo o Estado.
Em Juína (a 737 km de Cuiabá), havia o risco de conflito entre grupos da cidade e indígenas da etnia Enawenê-Nawê. Havia até mesmo uma mobilização para impedir que os eleitores da etnia tivessem acesso aos locais de votação.
O Exército escoltou o grupo desde as aldeias. A Polícia Militar fez a segurança nas seções eleitorais e as polícias Civil e Federal permaneceram de prontidão para formalizar algum procedimento, se necessário.
Mais de 4 mil oficiais, entre policiais civis e militares, bombeiros e peritos, atuaram nos 1.479 locais de votação em Mato Grosso.}