O acusado é uma pessoa próxima à família da vítima e apesar de não possuir grau de parentesco com a criança, a conhecia desde o seu nascimento. O caso veio à tona depois que os pais da menina informaram quanto ao desejo de realizar uma viagem para a cidade de Alta Floresta (onde o suspeito reside), mas a criança entrou em desespero.
“A família possui um imóvel em Alta Floresta e depois de muita insistência é que a vítima contou para a tia o que se passava. A criança era ameaçada para que se mantivesse em silêncio”, explicou o delegado Eduardo Botelho, da Delegacia Especializada, ao Olhar Direto.
.
Ainda conforme o delegado, “ao saber da viagem ela começou a chorar. Se recusava a ir viajar e contou para tia, depois de muita insistência. Os pais procuraram a delegacia na sexta-feira passada e noticiaram o caso. No sábado pela manhã representei pela prisão que foi decretada, ainda, no sábado a noite. Ontem, a prisão foi cumprida pela Delegacia Municipal de Alta Floresta e, hoje, fizemos o recambiamento para Cuiabá”, explicou.
O mais recente abuso, ainda segundo o delegado, ocorreu entre os dias 4 e 5 de julho, em Cuiabá. Durante os atos, a criança era obrigada a fazer carícias nas partes íntimas do suspeito e ainda foi constrangida a tocar no pênis do acusado. Ela também era submetida à prática de sexo oral e contou que o suspeito teria colocado parte do pênis em seu órgão genital.
Segundo a Polícia Civil, os pais da criança e o acusado eram amigos há mais de 15 anos e o crime aconteceu na capital do Estad. “Agora, nosso próximo passo é identificar se existem novas vítimas”, explicou Botelho.
O delegado disse que a criança foi submetida a exame de Corpo Delito na última sexta-feira (8) e relatou à polícia que o agressor havia tentado consumar ato de conjunção carnal. Detido, o ex-servidor público foi encaminhado para o Centro de Ressocialização de Cuiabá (CRC). Informalmente, o aposentado – que é casado e tem filhos – nega a prática dos crimes. Ele ainda irá prestar depoimento formalmente sobre o caso para o delegado.
Segundo o policial, o servidor vai responder ação por estupro de vulnerável em continuidade delitiva. “São vários crimes de estupro ainda quantos, mas talvez pegue a pena máxima que seria de 30 anos. Ele teve a prisão temporária decretada por 30 dias por ser cime hediondo e pode ser renovada ou convertida em preventiva”.