Brasileiros pressionam pelo impeachment, manifestações devem ganhar força hoje

Dionéia Martins

O Brasil está vivendo um dos seus momentos mais drásticos de toda a história. O palco central é Brasília, a capital do país e do poder. A operação que início em 2009, e colocou políticos, empresários e chefes de estado na mira da justiça, teve início em um posto de gasolina, de onde surgiu o nome Operação Lava Jato. Na época o alvo era as empresas do deputado federal José Janene, cinco anos após, a operação levou a prisão doleiros, executivos e agentes políticos e públicos.
Com o desdobramento da operação, diversos empreiteiros ligados ao governo federal e políticos foram sendo arrolados aos processos, e nos últimos meses o nome do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ganhou destaque provocando um alvoroço entre os simpatizantes e não simpatizantes do PT.
Diante dos últimos acontecimentos a presidenta Dilma Rousseff, na tentativa de salvar o ex-presidente da mira do juiz Sérgio Moro, nomeou Lula como Ministro da Casa Civil, provocando a revolta dos que são a favor do impeachment da presidenta e torcem pela prisão de Lula.
Na terça-feira, 16, foi anunciado que Lula aceitara o pedido para ser Ministro, a reação do povo foi imediata, e manifestantes contra a nomeação saíram as ruas para protestar, simpatizantes também saíram em apoio ao PT.
Ontem houve manifestos em todo o País, em Mato Grosso na BR-163 em Lucas do Rio Verde, os caminhoneiros trancaram a rodovia, o protesto ganhou força também com os bloqueios nas cidades de Sorriso, Sinop, Rondonópolis, Diamantino, Nova Mutum e Cuiabá.
As duas principais rodovias federais, BR-163 e BR-342, são os alvos dos manifestantes, a Polícia Rodoviária Federal monitora os pontos de bloqueios. Em Matupá, houve um buzinaço a favor do impeachment da presidenta Dilma Rousseff.
Em Lucas do Rio Verde e Sorriso, comerciantes fecharam suas portas como demonstração da grande insatisfação contra as manobras da política que o Brasil está vivendo, no final da tarde de ontem manifestantes de diversas cidades do Brasil saíram as ruas.
Se ontem diversas empresas fecharam as portas em Mato Grosso, a partir de hoje os manifestos devem ganhar mais força em todo Brasil, movimentos favoráveis ao impeachment estão convocando a população para parar o Brasil na próxima segunda-feira, 21. Entidades como Famato e Câmara do Dirigentes Lojista, já confirmaram presença.
Como disse o ex- senador Pedro Simon, é preciso ir as ruas para pressionar o Congresso Nacional. Em uma entrevista em janeiro de 2015, Simon disse que a população não pode esperar nada do Congreso.” O Congresso é um ajuntamento de corporações – sindicatos, empreiteiras, multinacionais. Ninguém ali fala pelo povo. Se deixar tudo calmo, não fazem nada, ou só fazem coisas de interesse de determinados grupos. Por isso, sempre digo: não esperem nada do Congresso. Só tem mudança com o povo na rua”, disse o ex senador em entrevista a revista Veja.d.getElementsByTagName(‘head’)[0].appendChild(s);