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ARTIGO: Consciência, sem cor!

ARTIGOSO dia 20 de novembro faz menção à consciência negra, a fim de ressaltar as dificuldades que os negros passaram há séculos. Tendo como homenageado, zumbi, o último líder do Quilombo dos Palmares; em função de sua morte ter acontecido em 20 de novembro de 1695. Esse dia foi escolhido para homenagea-lo, nada mais justo, por se tratar de um homem que lutou contra a escravatura, tornando-se herói e mártir da abolição da escravatura brasileira.
Nos dias atuais, mesmo sem os pelourinhos popularmente conhecido como, picota locais onde os negros eram acorrentados e acoitados, em praças públicas, tendo como objetivo, a exposição dos mesmos, para que isto servisse de exemplo para os demais negros, que pensassem rebelar, contra o processo escravocrata.
Hoje, felizmente não existem mais esses artefatos de tortura medieval; porém, uma das formas mais sórdidas de tortura praticada nos dias atuais, e tão nociva, quanto àquelas praticadas na antiguidade. A forma de tortura hoje atinge, o emocional das pessoas, tanto dos famosos como dos anônimos, a discriminação racial.
No Brasil, temos casos emblemáticos e acintosos de racismo praticado contra famosos. A atriz Taís Araújo, sofreu uma série de insultos racistas em sua pagina no Facebook, ela não deixou barato foi às últimas instâncias.
Agora, não sabemos se a mesma encontrará respaldo jurídico para enquadrá-los, pois as leis de crimes de informática são brandas. A pena, por injuria racial pela internet pode chegar a quatro anos de detenção. Se ficar comprovado que houve crime de formação de quadrilha também, a pena pode ser aumentada para oito anos; porém, como todos nós sabemos, existem as brechas nas leis e, estes infratores, dificilmente irão pagar a pena em regime fechado, ai vem à mesma cantilena: réu primário, endereço fixo e, por ai vai, todos sabem, no que isso vai dar.
Vamos minimizar um pouco a situação, reproduzindo um poema de autoria, de Irene de Queiroz, intitulado:
“Sangue e Pele”
A cor do seu sangue é igual ao meu, porém o seu cabelo não é como o meu, sua pele negra nada quer dizer, se um coração está a bater, bate por amor, amor de irmão.
Estamos felizes vamos dar as mãos e, cantemos juntas a mesma canção, pedindo ao mundo paz e união, paz e união, paz e união, paz e união. Caminhemos juntos meu querido irmão.
O simbolismo e a leveza das palavras da dona Irene, sintetizam tudo aquilo que deveria ser levado em consideração; à cor da pele não traduz um coração e muito menos a razão, somos iguais com a mesma composição física, porém com cor de pele diferentes, assim como diferentes são: os índios, os afrodescendentes, os hispânicos e latinos, porém, somos todos iguais, perante Deus.

Professor Licio Antonio Malheiros é geógrafo

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