Ontem nós acompanhamos uma reunião com os prefeitos Asiel Bezerra e Tony Rufatto, com integrantes do Consorcio de Saúde do Alto Tapajós, para cobrar as condições do Hospital Regional Albert Sabin, que serão levadas para o Governador Pedro taques, pelos próprios prefeitos em reunião no próximo dia 21 de outubro. Alguns detalhes da reunião chamaram a atenção.
Primeiro foi a questão das diferenças na informação do debito real do HRAS. Em pouco mais de uma semana, José Marcos, ele mesmo, sem o uso de interlocutores, disse para o Promotor Dr Luciano Martins que a divida do HRAS é de 4,7 milhões. Em entrevista ao Diário, a dívida era de 5 milhões. Para a rádio Progresso, a divida era de 6 milhões (diferença já não é pequena). Para os secretários de saúde da região, o valor era de 9,7 milhões e ontem, caiu para 7 milhões. Aonde está a verdade?
Considerando que todos os valores foram apontados pela mesma pessoa, demonstra que, ou o José Marcos não sabe o que está falando, ou então está brincando com coisa séria.
Para a imprensa, foram dois valores diferentes, no mesmo dia. Para o Promotor (já estamos falando de autoridade) valor diferente do apresentado para a CIR, inclusive documentado em documento. Ontem um “novo numerário”. Tá estranho, né? No mínimo estranho!
Mas outro assunto abordado na reunião me chamou a atenção.
Durante as explanações dos prefeitos, foi perguntado quais eram as dificuldades que enfrentava o hospital e que se era verdadeira a informação de que um médico utilizou um saco plástico no lugar de toca para fazer uma cirurgia. José Marcos tentou negar a informação, mas o diretor clínico dr Sergio Dezanette confirmou que um médico fez um procedimento com o saco plástico na cabeça e que, ao ficar sabendo mandou comprar o produto com dinheiro do próprio bolso para não deixar esse setor desguarnecido.
Curioso é que, mesmo o diretor clínico reconhecendo que uma sacola de mercado foi usada para a cirurgia, ainda assim José Marcos insistiu em negar, e ainda “repreendeu” o médico perguntando, “o senhor viu?” emendando em seguida, “informaram ao senhor, então nós não podemos confirmar isso”. O clima não ficou muito agradável.
Na sua fala, além de confirmar que um médico de fato usou uma sacola plástica, na reunião foi revelado que um vereador ajudou com dinheiro para que uma pessoa fosse à Cuiabá para tratamento. O custo das diárias de um motorista teria sido absorvido, em parte pelo vereador e outra parte por familiares de pacientes.