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Romoaldo pode ter sido induzido a erro por Riva

O deputado estadual Romoaldo Júnior (PMDB) afirma que a autorização para a Assembleia Legislativa realizar o pagamento de R$ 9 milhões ao advogado Joaquim Fábio Mielli Camargo foi embasada em parecer jurídico da Procuradoria da Casa. O peemedebista exercia a presidência do Legislativo entre 2013 e 2014, período no qual a transferência dos valores foi efetuada.

Em depoimento ao Ministério Público do Estado (MPE), ele afirmou que todas as negociaçoes foram “efetivamente travadas” pelo ex-deputado José Geraldo Riva (PSD), o que levou a juíza Selma Rosane Santos Arruda, da 7ª Vara Criminal, a supor que Romoaldo tenha sido induzido ao erro por ação dos envolvidos no esquema, no qual são investigadas práticas de peculato, constituição de organização criminosa e lavagem de dinheiro.

Romoaldo substituiu José Riva, que estava afastado das funções administrativas à época, por determinação judicial. “É possível que o então Presidente da Assembléia Legislativa tenha sido induzido a erro pela ação dos demais”, diz a magistrada.

Riva foi preso nesta quarta-feira (1), em decorrência da Operação Ventríloquo, deflagrada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), com base em delação premiada feita pelo próprio advogado Joaquim Mielli.

Romoaldo afirma que quando assumiu o cargo, o processo referente ao pagamento da dívida da Assembleia com o banco Bamerindus já estava na Casa. O antigo Banco Bamerindus, hoje HSBC, efetuou empréstimos para servidores da Assembleia na década de 90, mas os valores não foram transferidos ao banco pela Mesa Diretora, ainda sob o comando do ex-deputado José Riva.

Após o banco entrar na Justiça, Riva fechou um acordo e assumiu o pagamento devolvendo metade cerca de R$ 5 milhões. Os valores foram transferidos para contas determinadas por Riva. Na tentativa de legalizar as transações financeiras, teria usado contas bancárias de outras pessoas físicas e jurídicas para receber depósitos do advogado Joaquim Mielli. Segundo informações levantadas, factorings também teriam recebido depósitos em valores altíssimos.

Redação do GD

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