Foi realizado entre os dias 09 a 11 de março, o curso de aperfeiçoamento, na área de bovinocultura do leite que trata da IN62 (Instrução Normativa 62) relacionada à Qualidade do Leite, que vão desde os problemas relacionados à mastite até a conservação adequada do leite na propriedade. O curso é realizado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Mato Grosso (Senar/MT) em parceria com a Prefeitura de Alta Floresta por meio do Projeto Olhos D’ Água da Amazônia e Sindicato Rural. Participaram do curso agricultores familiares, técnicos do projeto e profissionais com interesse em conhecer as normativas.
A capacitação oferece noções básicas como à alimentação correta do gado, prática de manejo para obtenção do leite e medidas de higiene na ordenha manual e mecânica, além de conhecimentos técnicos voltados para a produção, como refrigeração, transporte, contaminação e controle da qualidade do leite. Com uma carga horária de 24 horas, o curso teve aulas teóricas e práticas.
Segundo o Médico Veterinário e instrutor do curso, Joelson Antônio Leite, o treinamento apresentou os procedimentos legais que regulamentam a qualidade do leite no Brasil. Um dos principais problemas que pode interferir na produção leiteira é a mastite, a doença diminui a produção dos animais. “Com o treinamento, o produtor vai aprender de maneira simples a diagnosticá-la e controlar a sua disseminação, melhorando assim sua produção”, explica Leite.
Para o produtor rural Antonio Ferreira Rosa, morador de Alta Floresta desde 1982, o curso vai proporcionar a melhora na produção leiteira em sua propriedade que produz em média 80 litros por dia. Trabalhando com leite há 12 anos, ele disse que a expectativa é produzir com qualidade e ter uma renda melhor para sua família. “Hoje tenho uma produção de leite baixa, devido a mudanças de pasto e área, mas acredito que com essa assistência e cursos oferecidos, é possível garantir a qualidade do leite, existe condição de melhorar e crescer muito”, destaca Ferreira.
Conforme a secretária de Meio Ambiente, Aparecida Sicuto, a capacitação é mais um mecanismo para que o produtor rural possa garantir a qualidade do leite, de acordo com as normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). “Produzir leite de qualidade é essencial tanto para a indústria, que poderá obter derivados de maior rendimento e melhor qualidade, e também para o produtor rural com o fortalecimento da cadeia produtiva e geração de renda”, completa Sicuto.
De acordo com o Médico Veterinário, Alexsandro Capeleti, responsável pela meta do Projeto Olhos D´ Água da Amazônia, a capacitação vai auxiliar os produtores da agricultura familiar a melhorar a qualidade do leite produzido, e gerar incremento na renda familiar.
Para Capeleti as aulas em campo são essenciais para colocar em prática o aprendizado da sala de aula. “Os participantes aprenderam como diminuir a quantidade da Contagem de Células Somáticas (CCS) e Contagem de Bactérias Totais (CBT) no leite, apenas com a higienização de forma correta, através das soluções de pré-dipping e pós-dipping”, acredito que além de conhecer as normas exigidas pela legislação, o produtor tem condição de se aperfeiçoar, completa o veterinário.
Giselle Oliveira
Assessoria de Comunicação
Projeto Olhos D’Água da Amazônia – Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SECMA)