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Vereador que foi contra verba indenizatória, “corre pro caixa” para receber “indenisatória”

capa 26022015 O vereador Rogério Collichio, que votou contra o aumento da verba indenizatória para os vereadores da Câmara Municipal de Alta Floresta, subindo de R$ 4.500,00 para R$ 5.500,00 a partir de janeiro de 2015, foi um dos primeiros a “correr para o caixa” do legislativo para sacar os R$ 5.500,00 referentes ao benefício do mês de janeiro. No ano passado, perante a imprensa e através das mídias sociais, Rogério combateu o aumento da verba indenizatória, dizendo em diversas discussões, seja na Câmara, seja no facebook, que era contra a matéria. Só que agora, na pressa de botar a mão no dinheiro, Colichio, que já foi secretário de educação e que é formado em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso, uma das mais conceituadas instituições de ensino do estado, acabou deslizando no português e em segu requerimento, pediu a concessão da “verba indenisatória”, assim mesmo, grafado com a letra “s” e não “z” como deveria ser.

Independente do erro de português, o maio erro no caso é mesmo o erro moral, já que, legalmente, Rogério Colicchio e todos os vereadores da Casa estão acobertados pela legalidade após a provação da matéria. O mínimo que poderia ter acontecido, era o vereador ter feito o que a sua colega de parlamento, Eliza Gomes, que recebe mensalmente a verba indenizatória, mas abriu mão dos aumentos,  desde o final de 2013, quando eram pagos R$ 3.500,00 por mês de complemento para os edis.

Para recordar – A Lei 1.541/ de março de 2007, que criou a Verba indenizatória, teve a autoria de oito vereadores, quatro ainda estão na atualmente na legislatura, Elisa Gomes Machado, Bernardo Patrício dos Santos, Dida Pires e Reinaldo de Souza. Originalmente, a verba indenizatória era de R$ 1.500,00, mas em abril de 2010 passou pelo seu primeiro “ajuste”, de R$ 1.500,00 para R$ 1.800,00 (20%). O ex-vereador Francisco Militão era primeiro secretário na época e foi autor da Lei 1.815/ 2010, que aumentou a verba.

Dois meses depois, em junho de 2010, houve nova proposta de aumento, desta vez, de 39%, passando de R$1.800,00 para 2.500,00. Militão era um dos maiores defensores do aumento.

A verba indenizatória foi aumentada no ano de 2011, passando de R$ 2.500,00 para 3.500,00 (40%), em 2013, de R$ 3.500,00 para R$ 4.500,00 (29%) e em 2014, passando para R$ 5.500,00 (22%). Dois vereadores não assinaram o projeto, Elisa Gomes, que afirmou que não queria receber o aumento e Rogerio Coliccho, que votou contra, mas abriu a fila para solicitar a “verba indenisatória” (sic) .
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